quinta-feira, 30 de novembro de 2006

A moda voltou...mas algo mudou

Pois não sei se já reparam, mas a moda dos skates voltou. É verdade sim senhor, eles estão de volta...oh se estão. A moda de andar em cima de uma tábua com 4 rodas está aí outra vez, mas destas vez com contornos um pouco mais assustadores. Ora bem, antigamente a ideia de andar em cima de skates era algo desafiador, fora-da-lei, era controverso e sacava miúdas, andavámos com as mãos cheias de fita cola, calças de ganga rasgadas até ao osso e sujas que faziam lembrar um pano de um mecânico qualquer... pois era... nós éramos reis e senhores nas nossas tábuas da Powell Peralta e da Santa Cruz, as conversas que tinhamos era sobre trecos e rolamentos e os filmes que víamos eram os Malucos do Skate, a Grande descida ou um qualquer filme que envolvesse um grupo de skaters grunhos, um grupo de skaters bons-da-fita e um leque assinalável de miúdas giras, alcool e manobras de cortar a respiração.
Pois bem as coisas mudaram um pouco e todo aquele fascínio que tinha quando era mais petiz acabou por se esfumar, e as razões são simples. Primeiro que tudo, reparem que a aproximação ao regresso dos skates foi feita à uns anos curtos atrás com o aparecimento de uns ténis com rodinhas que permitia aos miúdos deslizar, geralmente em superficies conhecidas como centros comerciais, isto começava a querer dizer que a moda ia voltar mas ligeiramente diferente.
Depois vejam também os miúdos que praticam, ou melhor, se metem em cima de um skate agora!! São todos arranjadinhos, camisinhas, ui ui ui ai ai ai... e os cabelos??!!!! Chiça!!! Aqui à dias ia muito bem a passear na rua quando oiço um som que me era muito familiar... ktank planc ktlan!!!!! dei um murro, uma cabeçada e uma dupla patada em quem estava no meu caminho e gritei "ooohhhhh é um ollie!!! alguém fez um ollie!!!", pois era!! Era o barulho da tão saudosa manobra "OLLIE", que consistia em lavantar as 4 rodas do skate, com o poder de impulsão das nossas pernas, que se flectiam numa simbiose perfeita.
Mas qual não é o meu espanto quando vejo que em cima do skate, não se encontrava ninguém com calças sujas, rasgadas, fita nos dedos, nem muito menos cabelos oleosos e ar de selvagem, estava apenas um miudo, qualquer coisa como metro e meio de altura, camisa aos quadrados, sapatos de vela e pin dos morangos com açucar na camisa, o cabelo parecia que tinha tido um desastre contra uma lata de laca... eu só me virei e disse “Miúdo!!! Sabes fazer o tic tac??” “Não”
“Então sai-me daqui antes que te faça o Tic, e tenhas que ir fazer o Tac ao hospital!!”

Big Al's Society

Dia D


Corria vagarosa e lenta a soalheira tarde de 6 de Junho de 1944, numa praia da Normandia. Eu nessa altura vendia “Bolas de Berlin” aos banhistas alemães que lá acampavam, tipo Orbitur da Costa da Caparica. O dia estava fraco, chuva tinha afugentado os banhistas, então comecei a ouvir o meu i-pod sentado num cabide de aço gigante que lá tinham deixado. Quando olho para o horizonte começo a repara que por baixo da neblina começam a surgir uns pequenos barcos, cheios de turistas, dos inúmeros paquetes que estavam fundeados ao largo. Lembro-me como se fosse ontem, parecia um miúdo a preparar a carteira dos trocos. Cum caraças, tanto bife a quem vender bolas de Berlin. Pelo que me lembro não era só eu que me sentia alegre, o próprio presidente da junta deu ordem para fazer um fogo preso, muito bom por sinal. Epá foi cá uma paródia! Os bifes a chegarem a correrem na direcção das casas de banho e dos refeitórios, os banhistas alemães a gritarem “nein! Amerikaner Schweines! Eram eles a dar as boas vindas. Foi mesmo um pagode total, eu até tinha de correr para conseguir vender umas bolazinhas de Berlin. Havia alguns bifes que vinham tão cansados do cruzeiro que assim que punham os pés na praia deitavam-se logo. Foi um dia em cheio para mim vendi, para cima de duzentas! Não! Cem! Não! 50, talvez!? Bem na verdade só vendi uma, que não foi vendida, fui eu que a comi porque não tinha almoçado nesse dia, mas eu deduzi no meu vencimento. Depois desse dia comecei a vender apenas “Bolacha Americana”, não é a mesma coisa o pessoal não pega tanto.


O meu respeito a todos os que pereceram em batalha



Lugares reservadinhos!

Ele há coisas do arco-da-velha!

Tenho vindo a deparar-me uma das grandes injustiças sociais de que há registo na história da humanidade e do ser humano também. Há que meter o dedo na ferida e escarafunchar um pouco. Então lá vai!

A igualdade de direitos é defendida na convenção dos direitos humanos, mas do papel à prática há muito que se lhe diga.
Este fim-de-semana, há falta de melhor, fui até ao Centro Comercial Colombo passar o tempo a andar de escada rolante. Tudo estaria a correr bem se não fosse fim-de-semana, não estivéssemos quase no Natal e o dito não estivesse a abarrotar. À chegada deparo-me com o parque totalmente cheio, mas, e aqui vem o busílis da questão, lá estavam eles, os lugares para as grávidas, portadores de deficiências, Marques Mendes, e afins. Sim, esses lugares marcados a tinta amarela mesmo à porta do centro, nos melhores locais. Um lugar reservado! Meus amigos, lugares reservados e a pagar o mesmo que os outros. Definitivamente há aqui qualquer coisa que não me cheira nada bem. Eu, que já sou defensor da ideia de que, nestes parques, quanto mais perto da porta se estaciona, mais se deve pagar. Ou seja, num mundo perfeito, seriam delineadas zonas nos parques, por distâncias, com preços afixados. Zona vermelha, mais próxima, mais cara, zona amarela, mais longe, mais barato e as respectivas zonas intermédias.
Mas não! Basta estar gravida, e pimba, estacionamento mesmo à porta do centro, o que para os homens é já uma desvantagem. É impressão minha ou a isto chama-se “DISCRIMINAÇÃO”.
Como seria de esperar, tal tinha de dar confusão. Mesmo ao meu lado estacionou o carro com uma grávida, como é lógico tive de me insurgir. “Olhe, desculpe lá! Já não lhe chegam os seus lugarzinhos reservados, não? Não tem vergonha na cara de vir para aqui estacionar nos lugares não reservados, mais um bocadinho e está a passar à minha frente na fila do supermercado!”
Mas se este flagelo só se ficasse pelos parques de estacionamentos, estaríamos nós muito bem. Vamos no comboio ou no autocarro e lá estão eles, mesmo ali à entrada, onde todos possam olhar, mas só alguns se podem sentar. Mais uma vez, as gravidas e os idosos têm a primazia. Mas aqui até é um pouco mais grave, se cometer-mos a loucura de nos sentarmos nesses lugares, corremos o risco de ter alguém em pé ao nosso lado com conversas do tipo, “Ai! Quando eu fiz 79 anos, fiquei com uma dor nos rins, que não me aguento, nem consigo andar a pé”. Esta ladainha repetida duzentas vezes é coisa para nos maçar. Lá temos que nos levantar, de rosto cabisbaixo, apontados e quase espancados pelos demais. E o que é que chamam a isto?Para mim não passa de um acto discriminatório de uma minoria em relação á maioria, já agora, só quero ver se também colocam lugarzinhos reservados a não gravidas, à portinha da maternidade Alfredo da Costa, sim, porque lá estamos nós em minoria!
By: Trepas

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

chamemos-lhe espisódio piloto

(…) …………………………… (…) Fantástico sempre desejei fazer isto! A sério gostaria só de referir que me sinto muito, (…) (…) Mas pegando em coisas sérias, aqui vai batata. ( . ) ( . ) “bons joelhos!” E o novo disco das Tahiti, ui! Ui! Bom mas bom!
Informo de que todos os textos de minha autoria irão com título de “Big Al’s Society”, porquê? Pois isso é uma pergunta que nem eu consigo responder, como tal irei deixar-vos criar as vossas próprias elações sobre o caso. Para mais informo de que todos os textos aqui reproduzidos estão protegidos por lei, considerem-se avisados. E estou a falar a sério.
by Espiga

A questão essencial colocada nos dias de hoje, parte da essência primitiva que dá azo à intrigante contenda entre o último e mais polémico álbum do Nel Monteiro e suas obras anteriores. Contudo, este será um dos muitos assuntos que irá ser debatido futuramente neste espaço. O que me apraz falar neste momento, e na senda dos grandes projectos nacionais que festejaram os 20 e 25 anos de carreira, como é o caso dos Xutos & Pontapés e do Rui Veloso, é o 10ª aniversário deste grandioso Blog. Muitos poderão perguntar “Mas, ò Trepas, que horas são?” e outros questionarão “Porquê festejar o 10º Aniversário no dia da inauguração do Blog?”. Para os primeiros, solicitaria muito respeitosamente a compra de um relógio, em relação aos segundos diria “Que raio têm vocês a ver com isso!”. Mas, e para que não me comecem já a apedrejar ferozmente, aqui vai uma muito breve justificação. Os Xutos & Pontapés festejaram o seu 25º Aniversário quando fizeram 23 anos de carreira, o Rui Veloso, festejou 20 anos de carreira aos 22. Assim, não vejo o que me impede de festejar um momento marcante na vida deste Blog. Parabéns pelos 10 anos e que venham mais 10. Ainda tenho a esperança de lá para o final da semana festejar as Bodas de Ouro do Cone com 2 Bolas.
by Trepas

Em primeiro lugar, permitam-me que dê as boas vindas ao(s) nosso(s) leitor(es) a este espaço da escrita erudita e mordaz. Apesar de estar a dar as primeiras frases, o Cone com 2 Bolas já é uma referência na blogosfera internacional. Aqui abordar-se-ão temas tão distintos como o preço dos combustíveis, a textura do veludo, os cortes de papel ou a boa pornografia que se faz em Portugal e no estrangeiro. Em meu nome e em nome da Associação Portuguesa de Pais e Amigos dos Limpa-Chaminés de Sever do Vouga (APPALCSV) espero que encontrem aqui, para além de mais um blog de gargalhada e galhofa, uma tertúlia (que a ter uma cor associada será sempre uma cor de macho, tipo azul escuro ou preto) onde serão abordadas, sem qualquer tipo de pudor, questões melindrosas, em que todos pensamos e temos medo de levantar.
by O Ogre

"eh pá sabes, eu gostava de ter um sitio onde pudesse falar daquilo que realmente importa" "daquilo que realmente importa?" "Sim, das coisas que fazem parte desta vida e que fazem com que ela seja realmente vida" "eh pá não te percebo" "tipo de coisas como a farinha maizena" "Farinha Maizena?" "sim, é só um exemplo, falo da farinha maizena como poderia falar de tantas outras "farinhas maizenas" que existem espalhadas por este mundo" "aaahhh já te entendo!!" "Quantas pessoas não se perguntaram já porque é que a embalagem da farinha maizena não sofreu alterações ao longo deste anos" "ehh pá, talvez uma mão-cheia delas ou então 15" "tás a ver???!!! e quem fala nisso??? Ninguém!!!" "pois!!" "já viste bem se este diálogo que estamos a ter fosse escrito a quantidade de vezes que as palavras Farinha e maizena apareceriam!" "algumas" "e só por si já valeria a pena, não era??...xxxiiiiiii"
by PiPes