segunda-feira, 30 de abril de 2007

Ajudem-me a salvar a Cátia Vanessa


Meus amigos, estou muito triste porque a minha Bonsai está a morrer!
Há cerca de um ou dois meses dirigi-me ao Ikea, como qualquer bom português que não tem nada de mais importante para fazer. Na área dos vasos e plantas deparei-me com ela, linda, imponente, brilhante. Foi amor à primeira vista!
Sem hesitações resolvi pegar nela e adoptá-la, até porque é das poucas coisas no Ikea que não vem desmontada. Resolvi dar-lhe o nome de Cátia Vanessa e aconchegá-la no meu regaço.
Coloquei-a num sítio estratégico, onde lhe pude oferecer todas as condições para crescer saudável. Cuidei dela, sempre receoso de a magoar, e reguei-a sem ser em demasia, falando com ela e ouvindo as suas bonitas histórias.
Com o tempo fui-me apercebendo que algo não estava bem. As folhas ficaram amarelas e caíram. Fiquei sem saber o que fazer. Punha mais água ou não? Punha-a ao sol ou à sombra? Cortava os ramos mais danificados? Um sem número de questões vagueavam pela minha cabeça.
Cada dia que passava a Cátia Vanessa ia-se desvanecendo. Resolvi ter uma conversa séria com ela, mas já não me ouvia. Ainda lhe contei uma ou duas anedotas e nada. Passei pela Net e coloquei no motor de busca: “ajudem-me a salvar o meu bonsai” e mais uma vez as respostas foram inconclusivas. Procurei noutras realidades a solução para este problema, optando por: “how to save my Bonsai” e mais uma vez, chapéu!Agora vivo na angústia de ver a Cátia Vanessa a perecer ao sabor do tempo, alguém que me ajude a salvá-la!

sexta-feira, 27 de abril de 2007

As irmãs tesoura e o capitão carisma


Pois é, hoje venho aqui dar uma palavrita de apreço aos scissor sisters, esses mesmo que muita gente diz "aaaaiiii eles são coiso e tal!!".

Passaram ontem dia 27/04 pelo nosso país para terminarem em beleza a sua digressão pela Europa e fizeram-no em boa altura, estive lá mais o nosso Espiga, e as nossas mulheres e foi, mais que um concerto, uma grande festa. É verdade, festa é a melhor palavra para designar o concerto que assistimos. Os rapazes e rapariga são devastadores em palco, têm uma energia contagiante e quer se goste quer não se goste, não se lhes consegue ficar indiferente.
São assim ou são assado isso é lá com eles, eles são mesmo é artistas, performers e músicos e fazem a sua tarefa de alma e coração e puseram um coliseu inteiro ao rubro e a transbordar de uma energia contagiante.

Como se sabe uma banda vive um pouco da imagem do seu líder e liderar uma banda num concerto perante uma multidão de gente exige carisma, firmeza e uma personalidade forte e o front-man (ou mais ou menos man) desta banda - Jake Shears - é um vivo exemplo disso mesmo, muita garra e uma energia extrema fazem deste rapaz uma espécie de capitão carisma desta banda, muito forte, muito boa presença e uma força levada da breca.

Em suma foi um excelente momento.

Uma ultima palavra para os Loto que abriram as hostes nesta noite e fizeram um concerto contido mas competente, sem deslizar e sabendo agarrar a plateia, plateia esta que em seguida se deixou guiar pelas músicas do dj que acompanha a banda na tourné que soube aquecer o público, fazendo um line-up que serviu para entreter a plateia enquanto se ultimavam pormenores e esteve muito bem, boa selecção, muito dancável, acabando com chave de ouro com os hinos, Blue Monday dos New Order e I feel Love da Donna Summer, deixando assim o coliseu a fervilhar para as irmãs tesoura.

AAAAhhhhh, quero apenas dizer, que sim! Sim o Espiga mexeu o esqueleto que se fartou, ena o rapaz estava maluco!!

A Bela e o Mestre

Estava eu em mais um divertido momento de zapping, quando se me falham as pilhas do telecomando e a emissão fica encravada na TVI. Como não estava a dar uma novela (devo ter tido uma sorte descomunal) estava a dar, pasme-se, um reality (que toda a gente sabe que, em inglês, é sinónimo de freak) show. Como aquilo era tão interessante, fiquei entretido a contar quantos ângulos de 90 graus as paredes da sala fazem até que, a certa altura, se gera ali um sururu à sul-americana. "Pera lá oh Ogre, que isto ainda vai dar molho". E deu, viram-se ali 30 segundos de uma das melhores chick fights que já tenho visto em televisão, com puxões de cabelo, reguadas e tentativas de estrangulamento dignas de um Colégio Católico Feminino (esta alusão foi só para trazer à memória a cena dos uniformes).

Quando vejo aquilo com mais atenção é que reparo que uma das partes envolvidas do serrabulho é, afinal, um gajo. Quer dizer, um gajo, um gajo, aquilo não era. Digamos que era um indivíduo do sexo masculino. No fundo, era uma gaja sem mamas.

Se já é triste terem a ideia de fazer um programa com não sei quantas gajas boas (que o são, há que dizê-lo com frontalidade) que são burras que nem umas botas da tropa, mais triste é haver gajas que se prontificam para ir lá. Ali só vão ficar "famosas" (durante cerca de 2 meses) pela inteligência que não têm. Se a ideia é mostrar que são boas, tirem umas fotos como a Carla Matadinho e têm todo o meu apreço.

No fundo aquilo devia chamar-se "A Mula e o Choninhas" já que os chamados "mestres" são fracas desculpas para homens. Qual é a finalidade de meterem numa casa 10 gajas boas com 10 totós? Se não é para as comer, o que é que eles lá estão a fazer? Ensinar-lhes quem é o Jorge Sampaio? A fazer contas de multiplicar? Para quê?! Depois do "programa" acabar vão tentar acabar o ciclo?!?!

quinta-feira, 26 de abril de 2007

cat stevens

Father
It's not time to make a change,
Just relax, take it easy.
You're still young, that's your fault,
There's so much you have to know.
Find a girl, settle down,If you want you can marry.
Look at me, I am old, but I'm happy
I was once like you are now, and I know that it's not easy,
To be calm when you've found something going on.
But take your time, think a lot,Why, think of everything you've got.
For you will still be here tomorrow, but your dreams may not.
Son
How can I try to explain, when I do he turns away again.
It's always been the same, same old story.
From the moment I could talk I was ordered to listen.
Now there's a way and I know that I have to go away.
I know I have to go.
FatherIt's not time to make a change,
Just sit down, take it slowly.
You're still young, that's your fault,
There's so much you have to go through.
Find a girl, settle down,if you want you can marry.
Look at me, I am old, but I'm happy.
Son
All the times that I cried, keeping all the things I knew inside,
It's hard, but it's harder to ignore it.
If they were right, I'd agree, but it's them you know not me.
Now there's a way and I know that I have to go away.
I know I have to go.


Quem é que não se lembra de Cat Stevens hoje conhecido como Yusuf Islam??

Todos a cantar - Is note time tomake a change.......

25 de Abril quando calha!

Meus amigos blogueiros, ontem foi dia 25 de Abril. Infelizmente, por erro de cálculo, nasci uns anos depois de 1974, 5 anos para ser mais preciso, portanto não tenho a noção das diferenças do antes e pós 25 de Abril. Para mim e para as pessoas da minha geração, a vida foi sempre um "mar de cravos". Nascemos já com a liberdade e longe da opressão fascista que reprimiu Portugal ao longo de décadas. Contudo, tenho algumas coisas a apontar no que respeita ao 25 de Abril de 2007. O nosso Presidente da República afirma que cada vez mais as celebrações deste dia não passam da comemoração de uma efeméride, esquecendo o que representa a liberdade para o povo português. É difícil não concordar com estas palavras quando assistimos ao telejornal deste dia. Faço aqui uma breve síntese, por ordem de importância, das notícias dos principais telejornais:
1º - Abertura do Túnel do Marquês. Desta notícia fixei 3 elementos chave. Em primeiro lugar percebi porque é que os portugueses tiveram sempre, a par dos Quenianos, jeito para as maratonas, pois vi uma senhora com os seus 70 anos a correr que nem uma desalmada. Olhou para a câmara e disse “Eu é que vou chegar em primeiro lugar” e saiu num sprint digno dos jogos olímpicos. Notou-se que já havia muito treino, imagino os sprints que a mesma senhora não fez para os centros de saúde um pouco por esse Portugal fora. Em segundo, retenho que, ao contrário do primeiro-ministro, o país está repleto de Engenheiros, o que se comprova pelos sábios comentários de todos aqueles que se passeavam calmamente por baixo de toneladas de terra, mas que não hesitavam em inquirir: “isto não é nada seguro!!”. Em terceiro, os automobilistas que a todo o custo queriam ser os primeiros a passar pelo viaduto. Tenho a certeza que os coitados que passaram lá hoje em plena hora de ponta não ficaram parados apenas para contemplar a magnifica infra-estrutura.
2º - Abertura da Casa oficial do Primeiro-Ministro ao público: Aqui contive uma grande lição de moral, não é preciso ter grandes estudos nem ser Engenheiro, para se ter uma casa daquelas. Mais uma vez, lá estavam os portugueses, talvez os mesmos que passaram por baixo do viaduto, e que também aqui formavam uma fila interminável para ver a casa. Eles sentaram-se ao pé da piscina, eles contaram quantas pessoas se poderiam sentar na mesa de jantar, eles gostaram da decoração… Contudo, a meu ver, faltava um cão de loiça bem posicionado e a varanda deveria ser fechada com uma marquise, dava muito mais espaço à sala.
3º - 25 de Abril: Devia ter sido no dia 27 pois calhava a uma Sexta-feira, o que era bem melhor, porque ficávamos com um fim-de-semana alargado.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

A sério este monhés são bem engraçados!

Ora vejam bem este clip, não que tenham sido gastos milhares em efeitos especiais, mas porque estes simpáticos monhés com cara de terroristas do islamabad são deveras divertidos.

A princípio ainda pensei que o rapaz ia pegar numa metrelhadora e chacinar tudo o que por ali andasse, mas depois dou com ele a fazer estas coreografias e a dançar daquela maneira...sacanas dos monhés têm coisas do catano!!!

terça-feira, 24 de abril de 2007

Deixem-se de rodeios!

Desde que os senhores da TV Cabo tiraram do Funtastic Life Experience o Fox e o substituiram pelo Nickelodeon, dou por mim a deambular por canais que raramente eram contemplados no chamado zapping.

Certa quinta feira ao início da noite chego até à Eurosport e, vá-se lá saber porquê, fico a ver um combate de boxe que, pela entrada apoteótica dos
boxeurs, prometia hematomas e/ou lanhos profundos num ou noutro sobrolho.

Entrei no espírito da coisa e fiquei atento à apresentação dos lutadores. Um deles era o Vladimir Lomanencko e o seu oponente o Emmanuel M'Tsumba.
Assim que começa o primeiro assalto, assiste-se a uma luta, como que pela sobrevivência, do comentador para nos fazer perceber quem é quem:

- "Do lado esquerdo do ecrã temos Vladimir Lomanencko, pugilista de calção branco com uma espécie de chamas vermelhas na parte de baixo do calção, o ucraniano está com a mão esquerda à frente o que indica claramente que é dextro, enquanto que à direita e de calção azul com uma risca vertical vermelha de lado e com uns debruados em tons dourados no cós do calção o pugilista da Guiné-Conacri, Emmanuel M'Tsumba, que calça botas pretas, enquanto que Lomanencko tem umas botas brancas."

Quando a pormenorizada descrição acabou já íamos a meio do segundo assalto e o M'Tsumba já tinha a cara feita num bolo.

Olhando para esta foto ilustrativa do (hipotético) combate em questão, acham mesmo que era preciso perder tanto tempo a tentar distinguir os dois atletas?
E a desculpa do "ah, ele tem de fazer render o peixe porque senão fica sem nada para dizer" aqui não pega. Todas as semana há gajos que fazem comentários dos jogos de futebol que não têm nada para dizer e não é por isso que andam ali a engonhar, a engonhar.

Por isso é que Mestres Comentadores Desportivos como o Toni trazem para o mundo do comentário desportivo expressões como: "Nélson fez um compasso de espera a ver se Simão fazia o overlapping" e "Na questão do esquema táctico das duas equipas, eu não quero aqui entrar em mind games, mas parece-me que coiso". Há que inovar! Fazer cenas diferentes!

domingo, 22 de abril de 2007

Na feira bem cedinho


Ora muito bem, hoje fui à feira bem cedinho, quer dizer, fui à feira por volta das 11h37m, mas tendo em conta que se trata de um domingo, ok, podemos considerar que foi bem cedinho.

Quando estava no dito local, constatei que "hoje a feira está boa", são palavras da minha mulher, "hoje a feira está boa", disse ela novamente e eu perguntei "hoje? Nos outros dias não está? Não é sempre igual? O quê? São as lonas que nos protegem do sol que são de melhor qualidade? São os megafones? Não existem peças de roupa contrafeitas?"
Pois a mim parecia que estava igual a todos os dias e todas as feiras, havias mães ciganas a bater em filhos ciganos, havia óculos riscados por 5€, havia roupa da Puma com um gato persa como símbolo, havia ciganos e ciganas que se aproximavam de nós e baixinho diziam "Quer DVD's?", ao que eu digo sempre "Não, pirataria prefiro fazê-la eu, ou também gosta que lhe limpem o rabo?". Será que estes ciganos querem esconder da policia que estão a vender dvd's ilegais? Sim os guardas não vão suspeitar quando os vêm a passear pelo recinto com um saco do lixo enorme, aparentemente cheio a segredar aos ouvidos de todas as pessoas que passam...naaahhhhh ninguém desconfia.

Outra coisa engraçada é que hoje finalmente percebi porque é que as feiras atraem tantas velhotas, sim estes recintos estão sempre pejados de senhoras de idade e na realidade estão lá porque se sentem mais novas, sim mais novas, pois os feirantes não se cansam de gritar "É a 1€ menina! É a escolher menina! Meninas venham ver! Meninas está a acabar!", e assim lá vemos as senhoras a saírem da feira a dizer "Ai amiga, hoje comprei uma sandálias da floribela, um top com caveiras, uma cassete do Micael, uma mala dos Luis Vitrom e uns óculos da arneta"

Como vêm hoje diverti-me à Bessa, agora vou ver o último filme do Scorsese, para ver se o senhor que estava à frente da câmera já saiu de lá para ver a porra do filme em condições.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

O 50 da Carris - Um mundo paralelo

Hoje a minha palavra de apreço vai para os condutores da Carris, não para todos, mas essencialmente para os que conduzem o 50, ou melhor, o 750 (segundo a nova numeração). Todas as manhãs, em Benfica, apanho este magnífico transporte. Mal entro porta adentro sei que estou a entrar num mundo paralelo. È como se de repente, tudo em que acreditamos deixasse de fazer sentido, onde as próprias leis da natureza, como a gravidade, não passassem de meros acessórios desnecessários à vida humana, é o mundo do 50. Cada viagem é uma surpresa e tenho de estar sempre à espera do inesperado. Cada curva, travagem e aceleração provoca em nós os mais diversos sentimentos. Por exemplo, uma senhora hoje ficou com um sentimento de forte dor de cabeça, após o 50 ter travado bruscamente e ela ter embatido com toda a violência contra um vidro. Mas tudo é natural, o próprio comentário da senhora é o espelho dessa naturalidade, “Quase que não doeu! Já está bom!”. Ao ouvir isto, segurei-me melhor e pensei: “Porra!”. Bem sei que não foi um grande pensamento, mas foi o que me veio à cabeça. Mais a frente, durante uma curva apertada em que o condutor fazia questão de manter uma velocidade constante de 350Km/hora, outra senhora saiu disparada pelo corredor. Após algumas cambalhotas, dois pinos e um mortal encarpado à retaguarda, a senhora levantou-se, limpou as pernas e riu-se, dizendo: “Desta é que eu não estava à espera! Isto hoje anda tudo a cair!” e voltou a rir-se. Pensei cá para mim “Porra!” (eram 8 da manhã, não consegui pensar mais que isto) e agarrei-me ainda com mais força!Mas isto não é nada de novo, nem nada de extraordinário, é o mundo paralelo do 50 da Carris, como uma montanha russa, mas sem segurança. Os pilotos, desculpem, os condutores do 50, deixariam qualquer Carlos Sousa ou Schumacher parecerem uns aprendizes ao volante. O que é certo é que após cada chegada ao final da minha viagem exclamo sempre: “Porra! Sobrevivi!”

The Big Al’s Society (by Espiga)



Pois é, corro atrás do prejuízo, busco agora recuperar o tempo perdido, os textos que não publiquei, as oportunidades que desperdicei. Como tal aqui vai mais um.
Vivemos num país onde quem faz a noticia é quem pertence ao jet 7. Há uns meses atrás a grande bomba era o namoro da Elsa Raposo com um professor de surf, que por acaso era casado e ia ser pai, mas que nos intervalos das aulas de surf ia a casa da Elsa mandar umas ……….. valentes ……….. conversas. Depois num determinado programa da SIC, o referido senhor entrava em directo frequentemente para justificar os seus actos?!?!?! Não percebo! Certo dia, ficou-se a saber que a referida senhora estava grávida, de quem??? Ninguém sabe, nem mesmo o pretenso pai da criança que nunca chegou a nascer. Agora o senhor que toda a comunidade Jet 7 abominava é o namorado da Cinha Jardim, como todos sabem é uma das lideres do Movimento Jet Setiano, que se despede da sua cadela com um beijo na boca, mas recusa-se a receber o rapaz na clínica, mas que já assumiu o romance com o referido senhor, mas existe um amiga intima da Cinha que acolhe o senhor na sua casa, coitado deve ser um sem abrigo. Entretanto a Elsa Raposo, já está feliz com outro senhor, e pelo que consegui saber o tatuador também, pois a ultima prestação da casa vai ser finalmente paga. No meio disto tudo surge a notícia de que o Eng. Sócrates, afinal não é engenheiro, mas pergunto eu é relevante saber se o homem é ou não engenheiro? Ele é primeiro-ministro, ele tem o poder de ser o que quiser! Nunca ninguém irá saber a verdade. Poupem-me, a estas novelas. Continuando em busca da bela fofoca, uma revista explora a imagem do actor que fazia de Dino na novela “Morangos com Açúcar” com o seguinte titulo – A vida depois da morte. Fogo o que é isto, uma revista de bruxarias e tarot?? O rapaz morreu, a família sofreu horrores, porquê? Pergunto eu, continuam a fazer revistas com a imagem do rapaz!? Cambada de mórbidos. Resumindo, se os nossos políticos usassem as revistas cor-de-rosa, em vez de usarem os jornais, se calhar alcançavam melhores resultados eleitorais.
Acho que nunca tinha escrito a palavra "senhor" tantas vezes seguidas.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

The Big Al’s Society (by Espiga)



Este fim-de-semana tive outro contacto violento com a TV portuguesa, um dos raros momentos calmos do meu dia resolvi fazer um “zapping”. Primeiro canal, tudo muito bem “Prison Break”, 2º canal desporto, na SIC um daqueles filmes visto poucas vezes tipo o “O Dia da Independência”, na TVI um filme muito bom: - A Evolução. Para quem não viu ou não sabe do que trata o filme, aqui vai uma amostra grátis. Uma espécie extraterrestre que vem para a terra e renasce os dinossauros, só por este início já promete, mas os referidos bichos tinham uma longevidade muito curta, e quando morriam fortificavam a entidade extraterrestre. Ora só este enredo já deixa qualquer um maluco, mas o pior ainda esta para chegar. Quando olhamos para o elenco do filme, pensamos – Ora aqui está um bom filme. Orlando Jones; David Duchovny; Julianne Moore, etc. Voltando ao “zapping” quando pressionei o botão da TVI deparei-me com o momento alto do referido filme, que é quando os heróis destroem a referida espécie, e como perguntam vocês? Através dum “Clister gigante”. Pois leram bem, a cena consiste em um carro de bombeiros debaixo do bicho, a escada do tipo “magirus” apontada ao ânus do animal, e Orlando Jones e David Duchovny a segurarem numa mangueira apontada ao orifício da besta. Ufa?!! Ficção Cientifica ou terror? Ao iniciarem o respectivo tratamento, bem apontado ao buraco, começam a ser bombardeados com uma espécie de pasta verde, “melhora a olhos vistos” dá-se então aquilo que considero ser o ponto alto do filme, Orlando Jones é “sugado” pelo ânus do bicho!!!!!!!!! LINDO! Após ser puxado para fora, conseguem finalmente fugir, e o animal rebenta! É bonito ver os actores que supostamente estão cobertos de entranhas e resíduos intestinais da espécie, abraçados e urrando de alegria. Já sei que da próxima vez que mudar a fralda ao meu filho não vou usar toalhetes, vou limpar com as mãos e vou correr imediatamente para a rua, as mulheres adoram……….

terça-feira, 17 de abril de 2007

Uma é curta a outra é pingada!


Hoje, após uma conversa extremamente culta com o Ogre, deparei-me com uma das maiores questões do mundo actual, o café! Nesta amena cavaqueira surgiu-nos o grande dilema que preocupa toda a humanidade: os vários “cafés”, ou melhor, as várias formas de pedir café. Assim, começou por pairar sobre as nossas cabeças as mais diversas designações, café, café curto, bica escaldada, Italiana, café cheio, café pingado, carioca…Com esta história chegámos a duas grandes conclusões. A primeira é que estávamos com tempo livre a mais nas mãos, a segunda é que mesmo nas coisas mais básicas somos muito picuinhas.
Um café é um café, se quer beber menos, não o beba todo. Para quê dar-se ao trabalho de pedir uma curta ou Italiana. Compreendo que neste caso seja muito mais digno pedir uma italiana do que uma curta, pois parecendo que não, eu fico sempre de pé atrás com alguém que pede uma bica curta. Será que a chávena é assim tão grande que aquela flor de estufa não vai conseguir beber tudo? Uma bica escaldada para quê? Aquilo já vem mais quente que os ânimos antes de um Benfica - Porto e mesmo assim pedem para escaldar. Eu acho que é mesmo só para embirrar.
Contudo, existe um aspecto positivo nestas mariquices que se prende com os empregados de balcão. Nada me fascina mais do que ouvi-los em alto e bom som:“Saem 3 bicas. Uma é curta, uma pingada e outra é escaldada!”. Mas pelo andar da coisa, não me vou admirar quando os ouvir dizer:“Saem 4 bicas, uma é curta, uma é escaldada, uma é ao pé-coxinho e outra a fazer o pino!”. Que mania temos nós de dar ainda mais trabalho ao próximo, chiça!

Herman Jose - Ministro iraquiano

Meus amigos blogueiros! Não poderia deixar colocar aqui estas imagens. Num momento em que Herman José atravessa um período que acredito ser muito complicado na sua vida profissional, com o Hora H a demorar a apresentar-se como um programa de sucesso, acho que é importante lembrar o quanto este homem nos pode surpreender. Assim, é sempre possível perceber porque é que ele é ainda e será sempre o grande humorista.
Fica aqui a minha pequena homenagem, desfrutem!


Realmente entre Marilyn Manson e a Romana...a diferença é mínima

Só o João Baião e o seu Big Show Sic é que nos poderiam trazer entrevistas deste calibre, quer dizer, a entrevista até não é má, é bem melhor que a cantilena que abre este vídeo interpretada pelo próprio Baião, essa sim upa upa!
Agora o bom mesmo é ver o ecletismo e variedade no que confere a gostos musicais desta pequena, que nos tempos que correm deve gostar do quê? Cradle of Filth e as músicas da Floribela? Os 4taste e Napalm Death?

Bem, mas a sua descontração e à vontade no que diz respeito ao interpretar das músicas...muito bom, vejam então a pequena...e se calhar não existe assim tanta diferença entra a Romana e o Manson, ora um tira costelas, outra tem piercings e um canta the beautiful people outra o continua chamando-me assim bebé, e os dentes de cada um?? ok vejam lá a pequena!


domingo, 15 de abril de 2007

O soldado da paz!


É verdade, sou uma espécie de soldado da paz!
No último dia útil desta semana que passou, fui fazer uma visita a um quartel de bombeiros, é verdade sim senhor, aqui o PiPes foi tirar um pequeno curso de combate a incêndios. Não fiquem desde já assustados, eu não vou andar por aí em Agosto a combater incêndios, era gajo para queimar um ou dois países igual a este.

Acabou por ser um dia muito engraçado e onde aprendi coisas muito úteis, desde já mando um sincero abraço a todos os bombeiros deste país, pois merecem o nosso tirar de chapéu, é uma profissão delicada e que alguém tem que a fazer e pelo que consegui notar, quem a faz, fá-la de alma e coração.

Como devem calcular, não é só isto que me traz aqui, aqui o PiPes, andou a apagar fogo com extintor, andou por dentro dos carros de combate a incêndio, passou pelas camaratas dos bombeiros e até andou...espantem-se...pelas casas de banho do quartel!!
É claro, aqui o vosso teve que passar por um sitio pelo qual já devem ter reparado tenho alguma fixação.

Então quando faço uma das minhas incursões pela casa de banho dos rapazes do fogo, deparo-me com algo que me deixou uma chamada pulga atrás da chamada orelha, então não é que naquela casa de banho os urinóis e os lavatórios estavam colocados a uma distância mínima do chão, as sanitas estavam ok, tinham o tamanho correcto, formato correcto e estavam cimentadas como mandam as regras, mas os lavatórios, bem os lavatórios, estavam tipo a roçar o chão, quase que tive de lavar as mãos de joelhos. Com os urinóis a mesma coisa, estavam lá bem em baixo, que mais parecia que estava a urinar para o chão. Não consegui perceber, nem arranjei tempo para questionar o formador do curso, pois poderia pensar que eu sou uma espécie de demente dos lavábos, mas será que é assim em todos os quarteis? Será que tem a ver com aquela infinita panóplia de piadas sobre as mangueiras e bombeiros?

Bem, não sei, mas gostava de perceber o porquê destas loiças estarem tão baixinhas, mas segundo aquilo que aprendi no curso, em situação de incêndio o ideal será andar o mais rente ao chão possível, pois o fumo acomula junto ao tecto, sendo mais prudente andar junto ao chão, tipo de joelhos, para conseguir respirar melhor, assim, é um facto que os bombeiros em caso de fogo no quartel, se estiveram à rasquinha podem sempre aliviar-se...e até mesmo lavar as manitas não vão elas sujar-se com o fumo e tal!!!

quarta-feira, 11 de abril de 2007

O Senhor Sócrates

Já muito se escreveu sobre o affair José Sócrates e muito mais haverá para escrever. Afinal de contas, o homem é ou não é Engenheiro? Usa um after-shave que acalma ou refresca? Bebe leite meio gordo ou magro? Calça peúgos de algodão ou prefere viscose? São estas e outras dúvidas que gostaria de ver esmiuçadas e esclarecidas nos jornais.

Diga-se, em abono da verdade, que são questões que não influem em nada o seu desempenho como Primeiro Ministro. O que é que me interessa se o senhor tirou(?) um curso de engenharia civil com uns laivozinhos de gestão florestal? Nada. A não ser que a sua ocupação fosse construir casas em árvores. Aí sim, era exigível que comprovasse as suas habilitações e aptidões para exercer a sua função.

Não obstante, dá-me um gozo enorme demonstrar a minha indignação neste caso, só mesmo para irritar alguns acérrimos defensores do senhor ministro (felizmente que ninguém passa um diploma de Primeiro Ministro, senão teria de o colocar em causa) do meu círculo familiar.

Para eles deixo uma singela homenagem ao senhor Sócrates.




Já que o Trepas deu o mote, aqui vai algo que já me apoquenta algum tempo.

Seguia eu alegre em direcção a casa, após mais um péssimo dia de trabalho, quando resolvi dar uma “volta” pelas estações de rádio. Inicialmente nada fora do comum, música clássica, programas cultos, etc. Bonito foi quando o meu rádio sintonizou “MIRAMAR”. Pois é meus amigos, aí é que a porca torce o rabo (boa expressão esta!), um senhor de nacionalidade brasileira a entrevistar pessoas que encontraram……. JESUS. Não sei sinceramente se querem que continue, mas quem não quiser ler o resto é aqui que deve parar.

(Pronuncia brasileira) – Qual é o seu nome? A resposta chegou num português meio russo. – Meu nome é Krasimir! – E qual é o seu problema? – Eu tinha dores nas costas, e o meu emprego era mau. – E depois de visitar o “Caminho da Luz” o que aconteceu? – As dores nas costas passaram e tive duas propostas de emprego! – Aleluia Jesus!

Aleluia Jesus?! É o nome do médico que lhe tratou das costas ou é o senhor do centro de emprego? Não sei, o que pensar. Vamos à segunda entrevista.

- Qual o seu nome? – Em português interior – Cidália Rodrigues! – Qual é o seu problema? – Eu sofro de bronquite (ouve um ruído do tipo, gasp!!!) e todas as semanas ficava doente, ou me doía os ossos, ou me doía as pernas e também não conseguia dormir, sem calmantes! (a senhora e mais de meio milhar de portugueses) – O que aconteceu depois de visitar o “Caminho da Luz”? – Deixei de ter bronquite (o barulho constante que nós ouvimos deve ser do doente a seguir, gasp!), e agora só adoeço uma vez por mês! (ora que bom! Tudo organizadinho) já não tomo calmantes, para dormir, dou umas voltas na cama e consigo dormir a noite toda! (ora aqui está uma pérola, dou umas voltas na cama! Minha senhora eu também e ainda bem é sinal que tive sorte nessa noite, será que as insónias não seriam falta de sexo?) – Graças a quem? – A Jesus! (ora aqui está Jesus, novamente!? Será que é o médico lá do tal “Caminho da Luz”?

Eu pessoalmente detesto esta exploração que é feita, tanto a Deus como às pessoas fracas de espírito. Acho que se devia tomar uma atitude contra estes charlatães, fala-se tanto nos crimes de colarinho branco e contra estes pseudo padres que andam em grandes Mercedes, BMW’s e têm grandes casas, ninguém tem coragem de fazer nada!? É triste que enganem o povo português desta forma e ninguém faça nada.

Europa - A Contagem Final

Hoje apeteceu-me arrebatar de loucura este cantinho, já há muito que isto nao arrebatava de loucura é verdade, hoje é dia de arrebatar de loucura e arrebatar de loucura não está ao alcance de todos...logo para arrebatar de loucura este mundo de loucura...cá ficam os Europe e o seu hino..."The Final Countdown" e lembrem-se destes tempos, isto é que era arrebatar de loucura, ui!!!!

Agora que já se sentem arrebatados de loucura, convido-os a cantarolar o resto do dia "pararapa pararapapa pararapa pararapapapapa papapa papapa papapapapa pppaaaa paaaaa paarrraaarrraappaapaaaa!!

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Páscoa bem molhadinha!



Sou um tipo que gosta das tradições e Portugal é rico em rituais tradicionais. Este Domingo de Páscoa fiquei também a saber que S. Pedro tem um sentido de humor único. A peripécia que vos vou descrever aconteceu mesmo e é pena que não estivessem presentes, pois por mais que eu tente nunca irei conseguir descrever o que na realidade aconteceu.
Local, Montes da Senhora em Proença-a-Nova. Uma bela aldeia que vale a pena conhecer. Por alturas da Páscoa, assim como acontece um pouco por esse Portugal fora, os rituais cristãos multiplicam-se e perduram ao longo dos tempos. Nos “Montes” a procissão é um dos pontos altos dos festejos pascais e este ano foi do mais hilariante que se possa imaginar.
Já o cortejo ia a meio quando do alto do céu nublado começa a cair um pequeno chuvisco, “nada de preocupante” pensaram alguns, “isto vai dar molho” pensaram outros. O certo é que passados uns minutos a chuva começou a cair com bastante intensidade.

Começo a vislumbrar o festival que se aproxima. Como não sou de confusões e as procissões não são realmente o meu forte, resolvi ficar a observar de longe, neste caso da janela de casa. As primeiras pessoas que começam a aparecer, vêem num passo tão acelarado que pensei para mim, “isto é uma procissão ou estão a correr a maratona?”. A segunda hipótese ficou posta de parte, pois os “atletas” não estavam numerados, nem eram liderados por um Queniano. Com o passo cada vez mais acelerado, lá ia o cortejo. O pior estava para vir…
A minha cara-metade, noutra janela da mesma casa, com um pequeno cesto com pétalas, preparava-se para lançá-las conforme manda a tradição. Mas, a chuva que caía, rapidamente se transforma em granizo. Do céu caem pedras do tamanho de bolas de golfe fazendo com que as pessoas procurem a todo o custo um local para se abrigarem. Neste momento toda a gente desapareceu. Grande parte, entrado pela garagem da casa onde eu estava.


Pensei que a festa estava estragada, mas qual não é o meu espanto quando do meio do nada, já sem a presença dos seus fiéis, vem o Padre debaixo de um pequeno toldo amarelo, o pálio*, completamente fustigado pelas pedras que caíam sobre a sua descoberta cabeça. As pessoas que agarravam o pequeno toldo, na tentativa de também se protegerem da pedrada, iam tropeçando e agredindo o Padre. Mas, e sem que nada o fizesse prever, a minha cara-metade, desata a mandar as flores pela janela, dando continuidade ao ritual, mesmo perante um panorama apocalíptico.
Imaginem o cenário. Uma chuva torrencial, acompanhada de um granizo infernal e da janela da casa, pequenas pétalas enfeitavam todo o aparato. Imagino o que tenha passado pela cabeça do Padre e nem me admiro que tenha dito um ou dois palavrões, “F…, ainda por cima mandam flores!”.
Enfim, mas tudo acabou bem, com o povo da Montaria dentro de uma garagem e completamente encharcados, Padre incluído!




*Pálio - Prov. do Latim, pallin que significa capa. Sobraceu portátil, com varas, que serve, nos cortejos ou nas procissões, para cobrir a pessoa que se festeja ou o sacerdote que leva o santíssimo. Vá agora não digam que o Trepas não vos ensina nada!

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Big Al's Society


Amigos, não querendo parecer preconceituoso ou mesquinho, deixem que vos faça uma pergunta. – É minha impressão ou existem cada vez mais homossexuais? Eu sou muito sincero, a mim não causa qualquer constrangimento, desde que o meu espaço não seja violado. Ora, eu sei que devemos aceitar de igual forma todos os seres humanos, mas existem alguns que parecem que fazem de propósito para chocar. Quem já não foi confrontado com a imagem de dois homens a abraçados em pela via pública? Nada de mais, até porque nos diversos desportos colectivos é prática constante. Mas imaginem agora a seguinte cena: - Elevador, 5 pessoas, 2 delas homossexuais, 2 heterossexuais e 1 idosa. Começa o filme, a senhora idosa olha para os dois indivíduos enquanto perdida nos seus pensamentos, abana a cabeça com ar severo, aperceberem-se disso os dois rapazes iniciam um verdadeiro festival homo, apalpões, beijos, línguas eu acho que houve de tudo entre aqueles dois. Enquanto a senhora reclama agora com mais veracidade, eles encetavam o que mais parecia a cena de um filme porno, do que propriamente cenas de carinhosas trocas de carinhos entre um casal, eu premiei o homossexual de cabelo loiro pela originalidade nos beijos e o homossexual moreno pela tenacidade como agarrava o rabo do companheiro, não esquecendo a senhora idosa pela originalidade nos comentários, as frases: - “O mundo está perdido” e “O demo está encarnar esta juventude” foram de uma sensibilidade voraz e sincera, algo nunca visto no cinema moderno e premeio também aquele rapaz que teve o azar de entrar num elevador sem ser avisado de que ia presenciar um espectáculo para M18, o rapaz deveria ter 14 anos no máximo. Acho que realmente existe falta de educação de alguns casais, mas também existe excesso de zelo por parte dos mais conservadores, temos que deixar os velhos do Restelo de lado, mas também não podemos declarar guerra às novas tendências.

Mas é como tudo na vida, antigamente ninguém gostava de McDonald’s e agora continua-se a detestar políticos.

Boa Páscoa

terça-feira, 3 de abril de 2007

Corpo Humano - Essa máquina


A evolução imparável vai transformar-nos em máquinas. Perguntam vocês: “Mas nós já não somos a máquina mais perfeita?”. Para os energúmenos que se lembraram de pensar de tal forma, gostaria de afirmar que não somos assim tão perfeitos. Mesmo que esta realidade seja dolorosa para muitos, o corpo humano está longe de ser perfeito. Nascem-nos pêlos por todo o lado, mesmo nos sítios mais incómodos, temos soluços (que coisa tão parva), bocejamos, isto para não querer entrar em mais pormenores incómodos e que conhecem tão bem. Portanto, não me venham com essa história da perfeição.
Caminhamos para máquinas e isso é inegável. Nos ginásios, especialmente nas modalidades de musculação e culturismo, esta realidade é mais acentuada. Ontem, estava eu muito bem a andar na minha bicicleta, pedalando como se não houvesse amanhã, mas sem sair do mesmo lugar (coisa esperta) quando oiço uma conversa entre dois rapazes:
-“Então, já acabaste?”
– “Não, só fiz os gémeos e as coxas”
Neste momento pensei que a conversa ia animar. Pensei que estava ali um tipo que gosta da aventura incondicional. Os gémeos e as coxas no mesmo dia! Os gémeos não me interessam, contudo as coxas… Mas rapidamente me apercebi que não era de extravagantes noites de sexo que se falava naquele momento. Continuando…
– “Ok, eu vou fazer agora ombros, costas, tríceps, bíceps”
– “ Também já lá vou. Mas antes faço dorsais, peito e pescoço!”

Desculpem, mas isto é uma loja de peças? Pelo andar da coisa, qualquer dia, em vez de médicos vamos todos para o mecânico. “Boa tarde Xor Amílcar, era para fazer a revisão. Já agora troque-me os bíceps, e alinhe-me os dorsais e se não se importar, dê-me uma olhadela nos quadríceps que andam a fazer um barulho esquisito”. Não considero que esta visão do corpo seja má de todo. Já começo a andar nestas andanças, e ando com muito melhor arrumação. Só tenho é um pequeno problema, não me lembro onde é que deixei o peito superior, pensava que o tinha guardado ao pé dos bíceps, mas já não estava lá.