terça-feira, 26 de junho de 2007

Cheira bem, Cheira a Eleições


No Cone, preocupamo-nos com um pouco de tudo o que se passa no nosso país. As eleições para a Câmara Municipal de Lisboa não poderiam ser ignoradas. Colocando de parte o cadastro de cada candidato (que é deveras divertido), interessa mais perceber como é que existem tantas ideias diferentes para a nossa bela capital. Falamos de uma dúzia de candidatos! Para ser mais preciso, onze indivíduos que lutam por um lugar de presidente.
Eu gosto de ouvir as propostas de cada um e perceber qual é o mais criativo. Neste momento e se votasse na CML, o meu voto iria para o PP, mais concretamente para o Dr. Telmo Correia. Foi com muita emoção e até com uma lágrima no canto do olho que o vi a limpar um graffiti à mangueirada enquanto Paulo Portas, de mãos nos bolsos e à distância dizia: “É isto que o presidente da câmara deve fazer, colocar mãos à obra!” Fiquei também com pena dos trabalhadores que limpam as paredes da cidade, pois viram os seus empregos em risco. Se todos os candidatos, e volto a repetir, uma dúzia, começarem a fazer o mesmo, muitos destes operários iram perder os seus postos de trabalho.
Mas, em período de campanha, era giro fazer algo parecido com os discos pedidos aos candidatos. Por exemplo:
Lisboeta - “Eu gostava que o candidato do PS, o Sr. António Costa, conduzisse a Carreia do 50” ou “Gostava de ver a Dr.ª Helena Roseta a trabalhar na EMEL” ou ainda “o Sr. Carmona a limpar as ruas do BragaParques”. Acho que mostrava muito mais de cada candidato.
O certo é que ando muito curioso para saber o que é que cada um consegue oferecer de diferente, são onze à escolha, portanto não será tarefa fácil. Acho que estaria na altura do Dr. Garcia Pereira apresentar algo completamente diferente, do género: “Se eu for eleito, deixo de me candidatar aos cargos de Presidente da República, de Primeiro Ministro e de Presidente da Associação Recreativa dos Amigos do Dominó de Arruda dos Vinhos durante os próximos 12 anos. Vamos também avançar para o metro de superfície e para o comboio subterrâneo”.
Apesar de tudo, esta situação de excesso de candidatos preocupa-me imenso. Em primeiro lugar porque dá a ideia de que em Lisboa não há nada para fazer, e para ocupar o tempo, os lisboetas criaram um novo hobby, candidatar-se a presidente da câmara. O meu segundo receio é que com o andar da coisa, daqui a uns anos haja mais candidatos do que eleitores.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Conan o rapaz do futuro

Para matar saudades e esquecer por momentos os Digimon's. Abraços a todos

terça-feira, 19 de junho de 2007

Como já reparam - Encerrado para salto à corda


Como já devem ter notado (ou não), ando afastado das minhas lides e afazeres para com este respeitado canto de culto e parvoíce. Assim, venho aqui apenas dizer que não estou encerrado para balanço, mas digamos que estou encerrado para salto à corda, pois na realidade o que me afasta deste canto é uma espécie de salto à corda, salto à corda neste recreio que é a vida.

Por isso, se não me continuarem a ver neste espaço, não se preocupem pois não fui adoptado por uma família de guaxinins da América Central, voltarei em breve, com mais histórias e pensamentos parvos...até estive em Barcelona e tenho coisas para contar, por isso quando voltar perguntem-me por Barcelona, bolas de gelado e piaçabas...para o caso de esquecer!!!

Vou então continuar no meu salto à corda, esperando que o mesmo tenha sucesso e faça de mim melhor pessoa, ou então, menos parvo, já é um começo...

Deixo-vos com o resto da Crew do Cone!!!!

P.S - Mas a 22,23 e 24 lá estarei para arrebimbar o malho!!!!

domingo, 17 de junho de 2007

Santos Impopulares


Estamos na altura dos santos. Eu, como qualquer bom lisboeta, no passado dia 12 à noite, fui até Lisboa para festejar o Santo António. Deixo agora aqui algumas questões que me assolaram o espirito.
A primeira, prende-se com a capacidade de persistência que os seres humanos têm para ficar tanto tempo no mesmo sitio a ver sempre a mesma coisa.. Um desfile das marchas populares dura no mínimo 365 anos e 3 dias, mas mesmo assim as pessoas não arredam pé. Ficam ali, em plena avenida da Liberdade, horas a fio, a levar com as vozes esganiçadas das mulheres e com os refrões enrolados dos homens bêbados. Aplaudem enquanto gritam “És linda Madragoa!” ou “Ye! Ye! Ye! Alfama é que é!”. De qualquer forma, toda a gente vibra, mas ninguém reclama a demora da coisa. Noutras circunstâncias lá estariam as mesmas pessoas a dizer: “Isto realmente, de ir para as filas das finanças... é que não se vê em lado nenhum. È por isso que não vamos para a frente. Para mim a culpa é do governo...”
Passadas estas horas, vai tudo em cortejo para as ruas da Lisboa antiga. Aqui o pesadelo continua. Apertados por todos os .lados, os lisboetas e não só, perdem vontade própria, passeiam-se pelas ruas ao sabor da corrente. “Ai! Quem me dera que este senhor me tirasse o cotovelo do olho para poder ver qualquer coisa!”
A ultima questão prende-se com os manjericos. È impressão minha ou eles, mal saem das bancas, começam logo a morrer? É do caraças, o raio da planta já está a dar as últimas.
Para mim, quando todos os santos se juntam... só fazem porcaria.Peço desculpa pela má disposição, mas levei o carro à inspecção e chumbou. Lá tive de gastar 90€ em pneus. È que não se faz!

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Lá se foi o meu combinado CP-Carris



Quando me dizem: “Trepas, tu até és um gajo inteligente!”, desconfio logo. Ou a pessoa não me conhece, ou vai pedir-me qualquer coisa, ou então já estou a falar sozinho.
Mais uma vez ficou provado que eu não passo da personificação de tudo o que é parvo neste mundo. Caso contrário não teria deitado fora TRINTA EUROS.
Como sou um gajo ecológico, faço separação do lixo, utilizo lâmpadas de baixo consumo e também ando de transportes. Para tal, compro sempre o passe.
Este mês e após alguns dias decorridos desde a aquisição da dita vinheta, tenho um encontro interessante com o fiscal da CP, também conhecido como “pica”.
Ao ver o dito agente fiscalizador a dirigir-se directamente a mim, pensei cá com os meus botões: “espera lá que já te lixo, tenho aqui o passe em dia e vou mostrar-to com um pequeno sorriso como quem diz: “Toma lá e vai buscar, porque eu tenho o passe!””. Até este momento tudo corria bem. Com o meu ar de superioridade mostrei o passe. É aí que acontece a coisa mais estranha, o “pica” com o seu “picador”, bate na minha carteira e segue caminho. Fiquei sem perceber aquele gesto, mas enfim, cada um tem a sua pancada. Passado uns segundos ele volta a trás e diz-me: “Essa vinheta é de Maio e já estamos em Junho!”. Mas eu tinha comprado o raio da senha!
Engoli em seco, mas lembrei-me: “Espera lá que eu quando comprei o passe pedi o recibo. Então vou continuar a comandar a situação e mostrar que o que aconteceu na realidade foi que eu perdi a vinheta.” Como sou um tipo arrumado, ainda tinha o recibo na carteira e com toda a confiança mostrei-o ao fiscal.
“Olhe que número que consta no recibo não coincide com o passe!” retorquiu ele. Pois, no meio da minha corrente de estupidez imparável, não reparei que o número que constava no dito recibo referia-se à vinheta, que por acaso, era a que eu tinha perdido.
Fiquei assim numa das situações mais constrangedoras dos últimos tempos. Toda a gente a olhar-me com desdém e eu que até vinha do trabalho de fato e gravata, todo aperaltado.
Comecei a soar em pipa e disse “parece-me que perdi a vinheta do passe. Posso sair aqui para pelo menos comprar o bilhete até ao meu destino?”. Ele deitou-me aquele olhar fulminante e exclamou “o senhor sabe que isto dá uma multa pesada!”. Então, agarrou-me no passe, fez-me uma cruz em cima da senha de Maio e disse, “Agora compre é outra senha.”. O comboio parou e eu sai de fininho.
Agora, ando clandestino no comboio, sempre a olhar em busca do “pica”, pois não me apetece nada voltar a gastar TRINTA EUROS! È que eu já comprei o passe deste mês. Portanto, se algum fiscal da CP estiver a ler este Post, eu não estou ilegal, sou é mesmo muito parvo!E este mês que nunca mais acaba...

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Jantar em Berlim vs Jantar em Portugal



Hoje, e aproveitando este magnifico espaço que é o Cone, vou finalmente aplicar os meus conhecimentos de sociologia (é verdade, aqui o Trepas andou 5 anos a estudar sociologia para trabalhar num banco!). Então lá vai.
Uma viagem por outros países, por outras culturas, faz-nos pensar no que significa realmente ser português. Neste caso em concreto tirei mais uma grande conclusão, ser português é ser complicado!

O local ideal para conhecermos um povo é à mesa. Um jantar ou almoço é suficiente para fazer uma radiografia dos hábitos quotidianos. Passo então a exemplificar-vos com Jantar em Berlim vs Jantar em Portugal:
Jantar em Berlim: (mas típico da Baviera – Obrigado Rita e seu respectivo, pelos magníficos momentos que nos proporcionaram nessa linda cidade! E já agora agradeço tambem à Rita a correcção do Post, o que experienciei foi um pequeno-almoço bávaro à hora de jantar... mas não deixou de ser muito bom!)
- Pão, salsichas, molhos, pickles e cerveja! Esta foi a base do jantar. Sempre descontraído e animado, mas, essencialmente, simples. Também não vejo o porquê de complicar a coisa.
Jantar em Portugal:
- Pão, azeitonas, manteigas, queijos e patês. Vinho branco, tinto e cerveja, prato principal (normalmente a necessitar de 4 horas para a sua confecção), sobremesa, fruta, café e cheirinho. A avó a dizer-nos que estamos magros e que temos de comer mais! Nós em negação porque ainda temos um monte de comida no prato que mais parece a Serra da Estrela, mas mesmo assim continuam a colocar-nos comida. Alguém que fala das doenças que teve, tem e vai ter. O sogro e o genro a discutirem qual o melhor clube português, se é o Benfica ou o Sporting, quando o Porto é que voltou a ganhar o campeonato (para grande tristeza minha). Os irmãos a discutirem porque um acha que a comida está insossa e o outro acha que está salgada... o caos!
Entretanto começa o telejornal. O caos continua até que uma das notícias, normalmente trágica, consegue acalmar as hostes à mesa. Mal finda a reportagem continuam as discussões, agravadas agora com o tema do noticiário. Ouve-se então a exclamação de alguém “Era apanha-los todos!”. Entretanto, ouve-se que as taxas de juro voltaram a subir e o pai diz "A culpa é do governo! Assim que estão no puleiro não fazem nada, esses chulos!". No telejornal, começam as notícias sobre o desporto. O sogro e o genro mandam todos os outros calarem-se, pois vão falar da vitória do Sporting. “Somos os maiores!” diz o sogro. “Foi um roubo!” responde o genro, “ pelo menos nós temos a Vanessa Fernandes!” continua o genro...
O certo é que, tal como uma bola de neve, os acontecimentos vão-se desencadeando à volta da mesa, aumentando de intensidade à medida que o vinho vai desaparecendo.
Finda a hora do repasto, chega também hora das tréguas e da calma, é a hora da telenovela.
Agora pergunto-me, como é que seria se alguém chupasse numa salsicha branca, como é tradição na Baviera?

domingo, 3 de junho de 2007

Toma lá Trepas!!

Aqui vai Trepas, como acho que ainda ouviste pouco desta música, aqui fica uma singela forma de te colocar a ouvir mais vezes a música, sim por que 1435 vezes não chega.

Agora é só pumba...e quando acabar...pumba outra vez...e pumba...mais pumba...pumba...

sexta-feira, 1 de junho de 2007

O Avião


Hoje começa a descrição da saga do Trepas por terras das salsichas, bem isto assim não soa nada bem. Ok! Vamos lá repetir esta introdução...
Hoje começa a descrição da saga do Trepas pelas terras das bolas. Continua a não soar nada bem! Enfim, estive em Berlim e vou começar a contar como tudo correu.
Mas antes de começar, fica aqui o meu conselho. Visitem Berlim. È uma cidade muito bonita, cheia de história e com pessoas muito simpáticas. Vale realmente a pena.
Passada a fase lamechas deste post, vamos então ao que interessa.
Para chegar a Berlim, as opções de viagem não eram muitas, até porque o tempo era curto e o avião era sem dúvida o melhor transporte para lá chegar. Ainda pensei ir às cavalitas da minha mais que tudo, mas ela, mais uma vez, não se mostrou muito receptiva a esta minha grande ideia e lá fomos nós de avião.
Para mim o avião é uma tortura. Não é realmente o transporte que mais me fascina! Passo a viagem inteira mais teso que um bacalhau, sempre encostado à cadeira, cinto posto, sem pronunciar uma única palavra, acenando apenas com a cabeça e mão pronta para sacar o colete salva-vidas. Qualquer barulho estranho ou turbulência é suficiente para que eu quase tenha um ataque cardíaco, enfim… não é definitivamente o meu meio. Quem me tira os pés do chão tira-me tudo, é que eu tenho pernas para andar e não asas para voar!
Mas lá fui eu, numa empresa de baixo custo. O facto de ser “baixo custo” ainda me deixou mais apreensivo. Eu acho que o Piloto disse ao tipo do combustível: “Oh! Chefe, ponha ai só 15 € de 95, quando estivermos lá em cima ponho isto em ponto morto, gasta menos!”
Outra situação que me deixou preocupado foi o facto dos passageiros serem divididos em classes, os SB, os A e os B. Ou seja, os que pagam mais são Speedy Boarders (1ºs a entrar no avião), os A são os que fazem os Check-In primeiro e são logo os segundos a entrar, por fim os B são a escumalha que não tem dinheiro para SB nem têm carro para chegar a tempo para a letra A, ficando assim como o refugo dos passageiros. Como é lógico fiquei com a letra B! Pensei também: “Será que em caso de saída de emergência eles só nos deixam sair depois do avião explodir?”
Mas o avião lá descolou e nem foi preciso dar um empurrão. Lá fui eu, durante 3 horas e meia, à rasca para ir à casa de banho, mas não me levantava do lugar por nada deste mundo.
Cheguei então a Berlim!!!

Terrakota - Oba Train


Foi ontem o lançamento do mais recente álbum dos Terrakota, Oba Train.
Para tal, os fãs foram presenteados com um espectáculo na Aula Magna da Cidade Universitária. Sempre com a boa “vibe” que os destingue e emanando energia positiva por todos os poros, os Terrakota apresentaram-se em público já com o seu novo álbum.
Com vários convidados ao longo de todo o concerto, fizeram muito breves paragens por musicas dos álbuns anteriores, mas o comboio seguia no sentido dos novos sons tribais do mais recente disco.
Uma viagem pelo continente africano, sempre com rasgos de grande criatividade musical, misturando os sons dos batuques com scratch ou implementando instrumentos de sopro, os Terrakota mostrara-se mais uma vez como uma banda em constante festa e com uma qualidade musical muito acima da média.
O Cone com 2 Bolas dá-lhes os parabéns!