A entrada no novo ano traz a esperança de um Portugal melhor. Quando questionados sobre o que pretendem melhorar no nosso país, os portugueses são unânimes, “queremos que tudo melhore”. Mais uma vez, e pelo segundo ano consecutivo, os desejos dos portugueses tinham sempre o mesmo tom: “Este ano desejo tudo de bom!”.
Mostramos que não somos nada pequeninos a pedir. Temos que ter tudo, o novo Tratado Europeu, a Grande Cimeira Europa-África, a Presidência do Concelho Europeu, a maior árvore de Natal da Europa. Enfim, tem que ser sempre em grande e os nossos desejos para o novo ano não poderiam fugir à regra. Queremos “tudo” de bom!
Por outro lado, o pessimismo natural dos portugueses não nos deixa ver a realidade, que diga-se de passagem, é invejada internacionalmente. Somos dos povos que goza de maior saúde, mais feliz, menos fumador e cuja embriaguez aguça a destreza ao volante. Senão vejamos, Portugal é um país de pessoas saudáveis, caso contrário não estariam a fechar tantos postos de saúde. Somos felizes, pois seguimos a máxima de que o dinheiro não traz felicidade. Seguimos tão à risca este lema, que somos o país da antiga CEE que conseguiu manter os ordenado mínimo o mais mínimo possível e para quê? Para manter a felicidade.
Cada vez fumamos menos, tanto que as 3 ou 4 pessoas que fumam, têm agora de o fazer à chuva, ao frio e ao vento (excepto se forem viciados no jogo ou caso sejam presidentes da ASAE).
Foi também mais um ano em que ficou provado que Portugal é o principal candidato a adoptar os carros movidos a álcool. Pelo menos os nossos condutores mostram-se extremamente motivados e demonstram-no sempre que podem. Como as nossas viaturas ainda não estão preparadas para receber este combustível renovável, os automobilistas portugueses continuam sem problemas em encher os seus carros de álcool, mesmo que o fígado já dê sinal de fraqueza.
Foi também um ano de grandes mudanças. O que restava do Dr. Marques Mendes saiu do PSD para dar lugar a uma liderança do partido bicéfala, com o Dr. Luís Filipe Menezes e o Dr. Pedro Santana Lopes a destacarem-se na frente do partido laranja. O Dr. Menezes já reclamou que o cérebro partilhado se encontra cansado das noitadas do seu companheiro.
No PS também tivemos mudanças significativas, com a saída do Eng. José Sócrates para a entrada do José Sócrates. Segundo a oposição, o que não mudou foram as suas politicas, consideradas autistas, ditatoriais e arrogantes (entre outros). Não sei onde é que foram buscar estas ideias, até porque as mais recentes visitas de Hugo Chávez, Vladimir Putin e Robert Mugabe demonstram que o nosso executivo está a aprender com os melhores.
Assim vamos longe, mas não vamos ao Dakar!
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
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