O caminho da espiritualidade é sem dúvida dispendioso.
Hoje acordei a precisar de um pouco de luz e salvação. Soube que a sua Santidade o Dalai Lama estaria, pelas 15 horas, no Pavilhão Atlântico. Pensei, "Trepas, é hoje que vais dar uma volta à tua vida." Peguei na minha trouxa e, tal peregrino, rumei ao Parque das Nações.
Quanto mais próximo me encontrava do destino mais a minha alma se iluminava, de tal forma que já me sentia um farol no mar de gente que se estendia ao longo de todo o Pavilhão Atlântico (lindo e poético). A coitada da minha mais que tudo é que se viu tramada para me olhar de frente sem os óculos escuros (parvoíce).
Chegando então ao local e já imbuído do espírito de compaixão e fraternidade do budismo, achei que finalmente iria atingir o auge. Dirigi-me confiante para a porta do complexo e indicaram-me que deveria encaminhar-me para a bilheteira. Ok, tudo bem, tendo em conta que este tipo de eventos têm os seus custos e que ninguém dá nada a ninguém, era perfeitamente normal que existissem bilhetes à venda a um valor simbólico.
Mas os 25€ que me pediram, de simbólico não têm nada. O que é certo é que a luz, àquela hora, só era possível para os que já tivessem a carteira bem iluminada. Sentei-me a ver os monges passar. Ao meu lado um avozinho simpático admirado com tamanho aparato pergunta-me: - Desculpe, sabe dizer-me que espectáculo é aquele? Respondi: São os Dalai Lama e os BudaBand!
Enfim, passei o resto da tarde a meia luz, limitando-me a vaguear ao longo do Parque das Nações em busca do Nirvana, que por acaso encontrei ao virar a esquina, quando me deparo com o João Baião a apresentar um festival de variedades, GRÁTIS!!!!
2 comentários:
Já um gajo não pode procurar conforto na religião! Não fiques triste, em Lisboa na zona da Alameda há lá um cinema que passa um filme desse género mas em brasileiro.
continuas em grande a escolher fotografias!!!
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