Hoje esteve um magnífico dia de sol. Peguei na trouxa, na minha mais que tudo e na sua respectiva irmã de 10 anos e fui até à da praia. Perfeitamente normal.
Porém, aconteceu algo que aos olhos dos mais desatentos poderia não ter qualquer interesse e que para mim foi um momento de magia.
Estava muito descansado na minha toalha quando uma rapariga, com os seus 9 anos, e sem que nada o fizesse prever dispara um "Queres vir brincar comigo?" para a irmã da minha namorada, que responde: -"Está bem!". Levantam-se as duas e desatam a correr pela praia em direcção à água.
Pensei "olha aqui está algo tão simples e ao mesmo tempo tão complexo e relativo", pensei também "que bem que marchava agora uma bola com creme".
Acho que nos vamos focalizar no primeiro pensamento. Efectivamente, se alguém de tenra idade se chega ao pé de um desconhecido e pergunta "Queres vir brincar comigo?", aparentemente, não apresenta nada de especial. Contudo, se eu hoje chegar ao pé de um desconhecido ou desconhecida e fizer a mesma pergunta, arrisco-me a ser violentamente agredido com um par de estalos. Mas porquê?Será que somos tão desconfiados que não aceitamos uma abordagem desta envergadura, será que já não temos paciência para fazer mais amigos ou será que não temos coragem para fazer a pergunta?
Penso que isto requer algum estudo sociológico. Amanhã, quando for no meu querido autocarro "50" vou dirigir-me a alguns dos passageiros e perguntar se querem brincar comigo. Se tudo correr como estou à espera e como correu hoje na praia, vou arranjar uma mão cheia de novos amigos e vai ser rambóia... ou talvez não!
1 comentário:
No pior dos cenários voltas para casa com um olho negro!
No melhor chamam-te rabicholas mas fica por aí!!
Agora a reter é o facto de não se vender bolas com creme na praia!!
Algo que no minimo é desumano!!!
No minimo!!!
Um abraço!!
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