Operação: Trepas House - Episodio I

Sábado de manhã, tenho o Sr. Manel a tocar à campainha. Lá fomos os dois em busca do tão malfadado chão. Posso dizer que entrei no submundo dos construtores, empreiteiros e serventes. Andei pelos recantos mais obscuros da minha cidade à procura de um chão, que por acaso o Sr. Manel disse que já tinha conseguido arranjar. Enfim, posso afirmar que esta busca foi mais complicada do que a do Santo Graal. Falei com os principais “dealers” dos arredores e vi coisas que a minha memória nunca mais irá esquecer. Falei com o João “Surdo” e com o Tó Zé o Coxo, procurando quase em vão por tamanha relíquia.
Após longa busca, lá se encontrou um chão parecido.
Então, Sábado dia 14 de Julho às 11 horas, começaram as obras. O Sr. Manel, sempre optimista, “Ó Shor Trepas, num fim-de-semana isto está feito!”. A alegria apoderou-se do meu espirito. “Um fim-de-semana e estou no paraíso” pensei eu, sem imaginar o inferno que me esperava.
A esta hora, já os dois empregados do Sr: Manel, começavam a partir a parede. Munidos de um pequeno martelo, que por acaso até era meu, martelaram a parede como se não houvesse amanhã. Foi então que tudo começou, já não havia volta a dar.
Comecei a observar atentamente cada passo dos individuos, sedento de conhecimento, tentando aprender qualquer coisa. Rapidamente aprendi que os empregados eram iguais ao patrão, fora um ou outro piropo que mandavam pela janela de minha casa, também diziam que naquele fim de semana o assunto estaria resolvido.
Começaram os contratempos.
Primeiro, a culpa era dos materiais que não secavam depressa. “Sabe Shor Trepas, isto demora sempre um pouco a secar, não sei como é que vai ser”. Perguntei se era a primeira vez que lidavam com aqueles materiais, o que justificaria a sua ignorância face ao possivel tempo que a obra demoraria. Responderam-me que não. Então, quando questionados sobre o facto dos materiais demorarem a secar mais do que um fim-de-semana, eles apenas gaguejaram um pouco e deram mais um gole na Super Bock fresquinha que tinham na mão, e que fui que lhes dei.
O Sr. Manel, que ficaria responsável por colocar o chão no dia seguinte, ligou a dizer que não iria conseguir estar em minha casa a tempo.Bem, tudo se desenrolava no sentido de eu perceber que as obras iriam durar um pouco mais do que fui informado.

Operação: Trepas House - A odisseia

Passada uma semana e meia desde a última vez que aqui escrevi, achei que os poucos mas muito bons e sempre fiéis leitores deste blog, mereciam uma explicação. Pois bem, como se devem lembrar, há mais de uma semana, relatei aqui aquele que, pensava eu, seria o primeiro dia da operação de estética da minha casa. Como sabem não correu nada bem.
Contudo, apostando sempre na minha teimosia e confiança cega nos outros, acabei por ligar novamente ao Sr. Manel, de forma a levar a bom porto uma relação que já tinha começado da pior maneira. Foi o suficiente para aprender da forma mais dolorosa a Teoria da Relatividade de que Einstein tanto se gabava. Ou seja, o que para o construtor seria um fim-de-semana, para mim (e não só, visto que no calendário as obras duraram 8 dias) demorou mais do que uma semana. Para evitar começar já a massacrar o caro leitor com uma história que estará recheada de suspense, emoção, despedimentos, pó e mentira, quero apenas dizer que, se me perguntarem: “então Trepas, e que tal se fizesses umas obras aqui na cozinha...” eu responderia logo com dois pontapés bem assentes na zona lombar do infeliz que teve essa magnifica ideia.

Que mais irá fazer?? Genial e Avassalador!!

Como já estava há marcado na minha agenda, esta semana estreou mais uma película do genial mestre do cinema Quentin Tarantino. Então a minha mulher já sabia que tinhamos que ir sentar os rabiosques numas cadeiras de cinema quanto antes.

Tarantino não consegue parar de surpreender, que mais irá fazer? Death Proof é ao mesmo tempo uma homenagem aos filmes chungosos da série Z , como também uma coisa com uma onda tão cool que até chateia.

Está condenado a ficar no cantinho dos filmes de culto e a que seja vaiado por muita gente, mas estes filmes são mesmo assim, pouco me importa se vejo 3 ou 4 pessoas a sair da sala mal acaba o filme enquanto eu esperneio a rir com um dos melhores finais de sempre, enquanto eu fico na sala até os créditos se gastarem só para ouvir a música do final que é tão bem escolhida...raios!!! O filme é bom pa catano, o Kurt Russel foi escolhido a dedo para fazer de gajo bad ass com um carro com uma caveira, as miúdas são giras, os diálogos são à tarantino...sei lá...é um filme do catano, pelo menos para mim, e tão bom que é chegar a casa e guardar mais estas memórias num cantinho de culto que vou apetrechando ao longo dos anos!!

Este Senhor continua em grande, o filme é cool e tudo o resto é conversa...vá agora levantem os rabos da cadeira e vão ver mais esta demontração de classe e de como fazer bom cinema, diferente e com requintes de malvadez...

Só uma coisa, se forem ver o filme e tiverem vontade de bater no projeccionista, não o façam, é mesmo assim...tarantino a brincar aos filmes antigos!!

Operação Pipes solidária com Operação Trepas House

Pois é caro Trepas, deve ser do dia...não a coisa do azar, mas também eu tenho uma operação agendada para hoje, para um pequeno face-lift na minha sala, e aqui tu perguntas: "então e o salto da corda?" "como correu?"

Pois bem o "salto da corda" não correu, pois quando cheguei preparadíssimo para fazer o "salto", reparei que não tinha o "salto" agendado para hoje, como sempre o corno é sempre o último a saber. Assim, por razões inúmeras e desculpas imensas, houve uma falha de comunicação e o meu "salto" é só Segunda-Feira, já não tinha transtornos que chegassem, aqui está mais um para ajudar à festa...deve ser do dia!!

Pois bem, como era suposto fazer o "salto" hoje, eu e a minha fiel esposa tinhamos agendado um pequeno refresh na nossa sala para hoje, como não sou de fugir a compromissos e como os especialistas já estavam preparados para tal, aqui vou eu também tirar umas horas para fora do "salto" e meter mãos à obra.

Ao contrário da tua, apenas vou aplicar anestesia local e a operação deve demorar apenas o dia de hoje e parte do dia de amanha. Sei também que os profissionais envolvidos não me vão faltar e não vou ficar à espera de telefonemas e de armazéns, pois apenas envolve umas tintas e umas deslocações de moveis e umas adaptações eléctricas...nada mais.

Assim, e numa vertente solidária, estarei como que contigo neste dia de mudanças de salas, mesmo que a tua continue anestesiada e metida como que num corredor de hospital à espera de operação...ai este sistema de sáude...é este o país que temos!!!

Operação: Trepas House V

10 horas e 58 minutos
O telefone toca. Numero anónimo. Atendo a medo e do outro lado uma voz do além diz-me: “Shor Trepas. Olhe no armazém disseram-me que não sabem se o material chega hoje."
Respirei fundo e suspirei.
“Obrigado, gostei muito de trabalhar consigo!”
Nunca fui supersticioso, mas hoje é sexta feira dia 13!
Contudo, acho que a má sorte não é dai. É mesmo da mão de obra qualificada e competente que por vezes temos o prazer e a sorte de encontrar.
Obrigado Sr. Manel. Agora, e depois de ter tirado o dia no trabalho, devo mesmo ir “labutar” com a certeza que assim sim, assim vamos para a frente!

Operação: Trepas House IV

10 horas e 39 minutos.
Volto a ligar para o Sr. Manel.
“Shor Trepas, ainda não sei de nada. Do armazém ainda não me disseram nada! Peço muita desculpa!”
Aquele pedido de desculpas desarmou-me. Sou um coração mole. Então respondi:
“DESCULPAS! ACHA QUE ISSO VAI ALTERAR ALGUMA COISA!”
“Pois, é que a culpa não é minha. O armazém é que atrasou a entrega do material.” Retorquiu o Sr. Manel.
É que é mesmo simpático o Sr. Manel. Portanto disse-lhe apenas “EU NÃO TENHO NADA A VER COM O ARMAZEM. ESSE PROBLEMA É SEU! EU QUERO É SABER ALGUMA COISA NO MAXIMO ATÉ ÁS 11 HORAS!
É sempre bom quando se trabalha com pessoas competentes!

Operação: Trepas House III

10 horas e 25 minutos: E nada!!!!

Operação: Trepas House II

9 horas e 51 minutos. Como ainda não chegou ninguém e a hora estipulada tinha sido ás 9 horas, resolvi ligar para o Sr. Manel, encarregado da obra. Que me disse e passo a citar:
“Shor Trepas, não recebeu a minha massage onte?”
Fiquei logo em estado caramelo e respondi – “Mensagem??? Ontem??? Não, NÃO RECEBI NENHUMA MENSAGEM ONTEM!!!”
“Ah! Pois, é que no armazém disseram-me que ainda não tinha recebido o material, shor Trepas!” disse o Sr. Manel.
Com toda a calma do mundo, (sim porque eu sou uma pessoa bem calma) comentei: “FDX, ENTÃO VOCÊ MANDA-ME UMA MENSAGEM ONTEM, QUE EU NUNCA RECEBI, PARA ME DIZER QUE NÃO VINHA. SR. MANEL, EU TIREI O DIA DE HOJE DE PROPÓSITO PARA ISTO. NÃO FUI TRABALHAR! E AGORA O SR. DIZ-ME QUE ME ENVIOU UMA MENSAGEM ONTEM! SÓ PODE ESTAR A BRINCAR COMIGO!”
Ele então diz-me: “ Shor Trepas, mas eu hoje ainda lhe digo alguma coisa. Daqui a uma hora eu já lhe volto a ligar para ver se ainda fazemos alguma coisa hoje.”
Agora, estou aqui, calmo e sereno, a aguardar um telefonema do Sr. Manel.
Ai! Como a vida é bela!

Operação: Trepas House

São agora 9 horas e 29 minutos. Se tudo correr bem, a casa do Trepas vai entrar em tumulto. Pois bem, está marcada para hoje uma “operação estética” na sala da respectiva casa. Encontro-me impaciente à espera que cheguem os “médicos” que iram fazer uma incisão na zona da varanda de forma a expandir a sala em mais uns metros quadrados.
Antecipadamente anestesiei a sala, para este tipo de intervenção basta uma anestesia local e desimpedi o local de forma a facilitar as manobras das mãos cuidadas de quem vem trabalhar em tamanha operação.
Irei dando notícias ao longo do dia, fazendo um relato completo do que se vai passando. Portanto, fique desse lado, o Cone e a casa do Trepas contam consigo!
Até já!

7 Maravilhas do Mundo ou só de alguns?

Para mim faltam estas duas....

O sistema está em todo lado.

Big Al's Society

Um doce para todos os que nos acompanham e que gostam de Formula 1!

Fumar aqui Nim

Quando pensamos que o nosso país está a dar um passo em frente, pimba, lá aparece mais uma bosta de cão debaixo do sapatinho do nosso Portugal. Cada passo que damos, cada bosta que pisamos!
Fiquei contente, enquanto não fumador, com a possibilidade da lei tabagista vir a mudar. Não tenho nada contra fumadores, tenho apenas contra o facto deles fumarem.
O certo é que foi colocada em discussão uma lei que impedia que se fumasse em espaços fechados que não tivessem capacidade para que delimitar áreas reservadas a fumadores.
A nova lei foi aprovada com pompa e circunstância. Estudos foram feitos, milhares de euros foram gastos, a tv acompanhou a par e passo os seus desenvolvimentos, uma mega comissão, composta por médicos, engenheiros, ministros, defensores dos fumadores e dos não fumadores e uma porteira, apresentaram os seus pareceres. Enfim, tudo estava a correr na perfeição à excepção de um pequeno pormenor, nada mudou!
Os espaços comerciais é que decidem se querem ou não ser para fumadores. Neste momento, não gostava de ser dono de um café ou pastelaria e ter que decidir se deixava ou não fumar no meu recanto. Acreditem meus amigos, não é uma decisão fácil. É mesmo coisa para tirar umas boas horas de sono ao Sr. Manel da tasca no final da rua.
O que estes senhores fizeram foi pura e simplesmente “tirar água do capote”. Estou a ver a decisão final:
Médico : “Então meus senhores em que ficamos?”
Defensor dos fumadores: “Por mim pode-se fumar.”
Defensor dos não fumadores: “Isso é que era bom! È que nem pensar!”
Engenheiro: “Tecnicamente não é uma decisão fácil.”
Porteira: “A filha do Sr. do 3º A chegou lá para as 4 da manhã com um rapaz que nunca tinha visto. Ele fumava que nem uma chaminé! Entretanto apareceu o vizinho do 6º C que tresandava a álcool, ele deve andar metido com alguma galdéria e a mulher não diz nada. É que é uma pouca vergonha! Ainda na semana passada...”
Ministro: “Epá! Não estou para isto! Eles que se decidam!”
E pronto, lá fica tudo na mesma. Quando estiver a comer um pão de leite misto e a beber um galão, se não tiver cuidado, arrisco-me a vazar uma vista num SG Ventil.

Eu não sou fundamentalista, nem uma vitima indefesa na mão de quem fuma. Acho apenas que quando se gastam tantas folhas de papel, tempo de antena e dinheiro com este tipo de assuntos, é sempre a mesma coisa, muito fumo e pouco fogo.

Fim da grande Aventura

Para todos aqueles que se comoveram, choraram e torceram por mim aquando da história da vinheta perdida, fica aqui o meu agradecimento pela energia positiva que todos me transmitiram. Finalmente acabou o mês e sem grandes sobressaltos. Andei sempre de comboio e autocarro com o dito passe desactualizado e tudo correu bem.
Hoje comprei a nova senha e já está colada e bem colada no respectivo lugar.
Terminou a minha faceta mais rebelde dos últimos anos, logo a seguir a tirar os autocolantes “publicidade aqui não!” das caixas do correio.

Obrigado

The Big Al’s Society (by Espiga)

Decidi mudar de vida. Vou-me tornar politico.

Existirá melhor vida do que a de politico? Possivelmente a de Coordenador Técnico de Obras Municipais, mas acho que é preciso ter uma cunha grandita! Parece que já me estou a ver, a roubar as economias da Junta de Freguesia de Alguidares de Baixo, fugir para a Trafaria e depois anunciar a minha candidatura à Câmara de Lisboa, com um slogan muito original: - O Espiga que faz falta! – Ou melhor, ainda: - Separar Lisboa! E logo a seguir aparecer um rapazito muito engraçado a andar de triciclo e a dizer – Estou mais MADURO! Se correr mal posso sempre associar-me a um grupo de habitantes insatisfeitos e organizar manifestações. A política portuguesa anda pela rua da amargura, temos políticos corruptos, temos políticos ladrões e ainda por cima temos políticos com péssimos cortes de cabelo. Ora vejamos por ordem de incidência. O grande Major, votos em troca de electrodomésticos, boa estratégia, privilegia a técnica, uma politica mais táctica. A nossa guardiã do saco azul! Ora aqui temos uma política de contacto directo com as massas (guita), imagino as contagens de caixa daquela câmara, 5 para mim, 4 para as estradas, 5 para mim, 4 para os jardins. O nosso homem da Quinta das Celebridades, a chamada politica “Pit-Bull”, agressividade Q.B, influência no futebol e temos um belo político camarário. Depois temos aqueles que são os salta-pocinhas, ora onde é que pinga?! É em Oeiras, ora vamos até lá, sim porque Bruxelas está demodé, nem os D’Zrt lá vão, mas o meu partido não me apoia, paciência, vamos sacar assinaturas para a rua, inventamos que é para a não demolição de um marco histórico do Uganda do Sul, e criamos um partido. Quem não conheça Portugal, pensa. Epá aqueles portugueses devem ser um país mega rico, existem tantas lutas pelo poder! Mal eles sabem que o país está a saque, e que o mais certo é virmos a ser vendidos aos ”nuestros hermanos” por uma bagatela, e mesmo assim continuamos a ostentar aquilo que não temos dinheiro para pagar. Vamos construir um mega aeroporto (deve ser para ajudar ao êxodo população portuguesa), vamos construir o TGV (bem visto, quem não têm dinheiro para ir de avião vai de comboio), vamos investir em novos programas de apoio aos desempregados (GPS’s, mapas, etc. Está certo sim senhor, um desempregado dificilmente conhecerá as grandes cidades europeias). Basicamente tudo se resume a criar condições para que o povo português abale em direcção a melhores conjunturas de vida noutros países.
Curioso é forma como tudo é encarado neste país, não temos dinheiro para pagar a reforma de metade da população activa, mas somos maiores, nós até vamos ter dois aeroportos, como Madrid, Londres, Paris, etc. Agora é que a nossa economia vai crescer. Ai se vai.

Um pedido de desculpas e uma água com gás para a mesa do canto.

Caros amigos, segue-se um pedido de desculpas em nome de todos os que estão na retaguarda deste cantinho de culto na blogosfera. Os meus sentimentos surgem na sequência da inércia que este espaço tem sentido nos últimos tempos. Quero que os dois leitores deste “bloguinho” (carinhoso, não?) saibam que ainda não desaparecemos. A inevitável ausência deve-se ao facto do Espiga se ter candidatado às eleições intercalares para o município de Fornos-de-Algodres, mesmo quando nos fartámos de dizer que não estavam em eleições (que fazer, ele não liga nada a ninguém). O Pipes, qual Einstein, anda à procura da fórmula química dos carapaus de escabeche. O Ogre foi repatriado para Brazzaville, no Congo, depois de ter tentado construir um engenho explosivo com dois limões, uma lapiseira e um Donut. Tudo teria corrido bem se ele não tivesse comido o Donut. Eu, Trepas, tenho de segurar as pontas da coisa, nem que para isso tenha de deixar de lado o meu hobby favorito, pintar as letras “o” das legendas dos filmes na TV. Enfim, alguém tem de manter a seriedade e o respeito que orientam a estrutura editorial do Cone, para além do Bacalhau-à-Braz.

Por falar nisso, tinha um belo bacalhau com natas no forno que se queimou... chiça!!!