terça-feira, 3 de julho de 2007

The Big Al’s Society (by Espiga)


Decidi mudar de vida. Vou-me tornar politico.

Existirá melhor vida do que a de politico? Possivelmente a de Coordenador Técnico de Obras Municipais, mas acho que é preciso ter uma cunha grandita! Parece que já me estou a ver, a roubar as economias da Junta de Freguesia de Alguidares de Baixo, fugir para a Trafaria e depois anunciar a minha candidatura à Câmara de Lisboa, com um slogan muito original: - O Espiga que faz falta! – Ou melhor, ainda: - Separar Lisboa! E logo a seguir aparecer um rapazito muito engraçado a andar de triciclo e a dizer – Estou mais MADURO! Se correr mal posso sempre associar-me a um grupo de habitantes insatisfeitos e organizar manifestações. A política portuguesa anda pela rua da amargura, temos políticos corruptos, temos políticos ladrões e ainda por cima temos políticos com péssimos cortes de cabelo. Ora vejamos por ordem de incidência. O grande Major, votos em troca de electrodomésticos, boa estratégia, privilegia a técnica, uma politica mais táctica. A nossa guardiã do saco azul! Ora aqui temos uma política de contacto directo com as massas (guita), imagino as contagens de caixa daquela câmara, 5 para mim, 4 para as estradas, 5 para mim, 4 para os jardins. O nosso homem da Quinta das Celebridades, a chamada politica “Pit-Bull”, agressividade Q.B, influência no futebol e temos um belo político camarário. Depois temos aqueles que são os salta-pocinhas, ora onde é que pinga?! É em Oeiras, ora vamos até lá, sim porque Bruxelas está demodé, nem os D’Zrt lá vão, mas o meu partido não me apoia, paciência, vamos sacar assinaturas para a rua, inventamos que é para a não demolição de um marco histórico do Uganda do Sul, e criamos um partido. Quem não conheça Portugal, pensa. Epá aqueles portugueses devem ser um país mega rico, existem tantas lutas pelo poder! Mal eles sabem que o país está a saque, e que o mais certo é virmos a ser vendidos aos ”nuestros hermanos” por uma bagatela, e mesmo assim continuamos a ostentar aquilo que não temos dinheiro para pagar. Vamos construir um mega aeroporto (deve ser para ajudar ao êxodo população portuguesa), vamos construir o TGV (bem visto, quem não têm dinheiro para ir de avião vai de comboio), vamos investir em novos programas de apoio aos desempregados (GPS’s, mapas, etc. Está certo sim senhor, um desempregado dificilmente conhecerá as grandes cidades europeias). Basicamente tudo se resume a criar condições para que o povo português abale em direcção a melhores conjunturas de vida noutros países.
Curioso é forma como tudo é encarado neste país, não temos dinheiro para pagar a reforma de metade da população activa, mas somos maiores, nós até vamos ter dois aeroportos, como Madrid, Londres, Paris, etc. Agora é que a nossa economia vai crescer. Ai se vai.

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