Esta semana o Expresso presenteou-nos com uma hilariante entrevista à mais boazinha boazinha boazinha das irmãs Salgado, triplamente boazinha porque a protagonista, a de nome Carolina é só boazinha boazinha duas vezes, competindo neste rating de bondade com nomes como a Madre Teresa ou Mahatma Gandhi.
O título anunciava o conteúdo ao excelente estilo 24horas - “Tenho medo da minha irmã”, uma citação de Ana Maria Salgado, a morena que se apresenta na capa de sorriso aberto e posição descontraída em poltrona laranja. De acordo com a revista Única , a entrevista permitiu à gémea Salgado atacar a credibilidade da irmã e lamentar que a ambição da Salgado loura a tivesse levado ao fim do romance com o “Sr Jorge Nuno”. Já no interior da revista e com uma fotografia igualmente inocente, à semelhança daquela que a irmã utilizou para capa do bestseller “Eu Carolina”, a gémea, que diz ser chamada de maluquinha pelo próprio pai, não deixa de anunciar o carácter manipulador e perverso da irmã.
Segundo a entrevistada, tudo começou no ventre materno, tempos ancestrais em que Carolina, a mais nova (5 minutos), veio ao mundo com menos peso e rejeitava o leite, o que abria um precedente de rejeição e desprezo que iria durar toda a vida, fazendo Ana Maria sentir-se eternamente responsável por aquele pequeno ser indefeso. Ajudou-a nos diferentes problemas epilépticos, quis afasta-la da má vida nas casa de alterne, incentivou-a nos estudos, capitulo em que chegou a pedir ao professor de Português que a chumbasse para que pudesse acompanhar os irmãos menos capazes. Um exemplo de puro altruísmo que me comoveu e levou às lágrimas. Já não se fazem pessoas assim.
Sem grandes problemas de consciência, aborda as questões de infidelidade da irmã para com o Sr. Jorge Nuno, sem deixar de anunciar que eram um “casal perfeito”, qual bela adormecida no “Calor da Noite”. No entanto, quando questionada sobre a envolvência dos Fernandos Madureira e Póvoa neste processo, a mais velha das irmãs gémeas invoca o tão relevante vocábulo chamado “intimidade”, uma palavra que neste panorama faz todo o propósito ou não fosse esta uma história de factos e figuras, não se diz, porque “Faz parte da intimidade de um casal”. São as intimidades...
Ao declarar que os problemas advieram da intromissão de Carolina na vida profissional do “Sr. Jorge Nuno”, a irmã morena deixa-nos um bombom literário digno dos maiores pensadores da língua portuguesa: “Vamos criar uma nova palavra “amadrinhou” a claque dos Super Dragões”. Este "amadrinhamento", do verbo amadrinhar e do pretérito-mais-que-perfeito amadrinhara acabou de se repercutir também no relacionamento com a irmã, porque para além de amadrinhar os fiéis seguidores do clube, decidiu amadrinhar o ordenado de Ana Maria. Situação que de acordo com estas declarações, só se desencadeou porque era frequentemente confundida com a irmã Carolina na loja onde trabalhava, “como somos parecidas, as pessoas iam à loja porque julgavam que era ela que lá trabalhava. Quando a Carolina soube não gostou. E disse-me que me pagava o ordenado para eu não ir trabalhar”.
Ao longo de 5 páginas de puro entretenimento novelesco, Ana Maria Salgado defende-se e faz algumas revelações, sem deixar de apelidar a irmã Carolina de mentirosa, impulsiva, contraditória, inconsciente, viciada, ousada, traidora, manipuladora, pouco inteligente e preguiçosa, “Não estou a agir por vingança. Gosto muito da minha irmã”.
Moral da história: O amor move montanhas.
domingo, 26 de agosto de 2007
Os docinhos da família Salgado
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1 comentário:
Mais santo que isto... nem o papa!
Haja paciência para estas desavenças familiares. Não tarda muito temos ai a prima das duas a dizer que a Carolina lhe roubava os clientes.
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