quinta-feira, 29 de março de 2007

Regresso ao passado

Olho com saudade para os meus tempos de primária. Era o primeiro a chegar à escola (mesmo antes da D. Arminda, a contínua que abria o portão) para aproveitar os minutos antes do sino tocar a jogar com uma bola feita com meias velhas.

Tinha os livros sempre brilhantemente forrados com plástico, para não se estragarem, mesmo não tendo irmãos mais novos que os pudessem utilizar no ano seguinte. Chegava a casa à tarde e, antes de ver o "Agora Escolha" despachava os trabalhos de casa todos.

Lembro-me que arrumava o material escolar meticulosamente na minha mesa, e, havia dias em que construía pequenos fortes que albergavam 2 ou 3 soldadinhos miniatura que levava escondidos no estojo.

Durante esses quatro anos (nunca chumbei na primária, acho que nem era possível...) desempenhei orgulhosamente o meu papel de aluno aplicado, só havendo uma arte que nunca consegui dominar...
A arte de manusear a "borracha de tinta".

Para aquela "malta jovem" que já só conheceu o chamado corrector, a "borracha de tinta" era uma borracha azul que servia, pasme-se, para apagar coisas escritas com tinta (esferográficas, canetas de feltro, etc., etc.).

Não era fácil encontrar o ponto exacto entre o não apagar rigorosamente nada e o fazer um buraco na folha de papel. E nas alturas mais complicadas não havia cá pejo em humedecer, com a ponta da língua, o cantinho azul da borracha para eliminar a linha mais teimosa.

O resultado acabava quase sempre por ser um buraco na folha, que depois, ao chegar a casa era passada a limpo de modo a manter o caderno sempre num mimo.

Tão ingénuo... tão estupidamente aplicado...

terça-feira, 27 de março de 2007

Realmente era o que mais faltava


Soube agora esta noticia e não podiam deixar de vir aqui postar.
Então não é que os Delfins estão preparados para lançar um novo álbum!!!
Acho que a questão a colocar devia ser: Será que estamos preparados para um novo álbum dos Delfins??

Acho que numa altura em que o Salazar ganhou a votação dos grandes portugueses, a Tvi lança novo Reality Show e até o Sporting vence no estádio Dragão com um golo do Tello, acho que sim, acho que o que mais faltava e vinha mesmo a calhar era um novo álbum dos Delfins...acho que sim...um novo álbum delfins...é isso...um novo álbum dos...arrrhhhhggg...Delfins!!!!!

sábado, 24 de março de 2007

O carteiro


Era Terça-Feira, 7h45 da manhã, quando desperta o alarme de lembretes do meu celular, saio espavorido da casa de banho rumo a uma divisão com televisão e clico no botão que acciona a caixinha mágica para ver o regresso do meu carteiro preferido ao pequeno ecrã.

Quando se acende a caixa mágica verifico que estão a dar outros bonecos animados, chego a pensar em desistir, mas algo dentro de mim me diz para deixar a televisão ligada, assim faço, continuo a minha vida mas deixo o aparelho em on.

Minutos mais tarde saio da casa de banho novamente, guiado por uma força que não consigo explicar, chego junto do aparelho e vejo aqueles olhos pequenitos, o nariz arrebitado e aquele ar simpático que o Pat sempre teve e que nunca perdeu passados estes anos todos. Fico louco de alegria...mas algo não estava bem...estava algo diferente, tinham feito alguma coisa ao carteiro Pat, começo a reparar que a voz da música do genérico não é a mesma, a letra mantém-se na sua generalidade com uma alteração que vem beliscar o bonito mundo do carteiro Pat, então eles agora chamam-lhe carteiro Paulo..."o carteiro Paulo, o carteiro Paulo, e seu gato preto e branco, Laralara Laaraalaaaa Laralara Laaraalaaa la la la la" .
Por amor de Deus, não estava bem carteiro Pat? Tinham mesmo que alterar o nome do senhor? Será que é por Pat não ser um nome português? E Noddy? E Bob? Serão estes nomes portugueses?
Assim o carteiro Pat perde um pouco da sua mística, eu sonhava desde petiz, ter um carteiro na minha rua que se chamasse Pat, viesse numa carrinha vermelha e tivesse um gato...agora um carteiro Paulo? Um carteiro Paulo já eu tive na minha rua, tinha bigode, vestia um colete cinzento deslavado, andava a pé e tinha tudo menos uma cara simpática.

Isto tudo deve ser com medo que as crianças não saibam que um P A T, faz o pequeno nome Pat, agora mudem lá o nome do senhor rapaziada da RTP2, eu já nem consigo dormir!!

quinta-feira, 22 de março de 2007

P.P. - Porrada e Palavrões


A política nacional está de parabéns!
Finalmente temos um partido que é o espelho da nossa sociedade. O Partido Popular mostrou que os políticos também são pessoas divertidas. São gente do povo como nós.
Mais que isso, têm um vocabulário extremamente rico. A quantidade de palavrões que os partidários do PP conseguem proferir por segundo, deve ser recorde.
Apesar de não ter qualquer filiação política, no próximo congresso do PP quero estar presente e quem sabe mandar um ou outro “bitaite”. Contudo, tenho esperança que melhore ainda mais, que para o ano haja frango assado para todos, garrafões de vinho e algumas sandes de torresmos.
Nessa altura vou gritar “ASSIM SE VÊ, PORRADA NO PP!”

domingo, 18 de março de 2007

Queremos ver! Queremos ver!


Passado um ano, a menina raptada no hospital de Penafiel apareceu. Esta é uma grande notícia, até para o pai adoptivo que não imaginava que a criança que lhe apareceu em casa não era sua filha. Parece-me que as famosas cegonhas continuam a fazer das suas e é nisso que queremos acreditar.
À chegada, a criança foi recebida com pompa e circunstância. Centenas de pessoas de vários cantos do país dirigiram-se a essa pequena localidade para a poderem ver. Houve música, dança, vinho e frango assado para todos. Lindo, somos um país tão festivo!

Mas o que era festa rapidamente deu lugar à indignação, porque os "maléficos" pais teimavam em manter a criança afastada de todos estes tumultos, não fosse a agitação claramente prejudicial. Foi em altos brandos que a festança ficava estragada, de entre gritos de horror por tamanha crueldade, havia uma senhora que dizia: “Não nos deixam ver a menina! Isto não se faz! Queremos ver a menina!”. No país real há que lutar por tudo. Temos que ter uma razão para viver, mesmo que o motivo seja a vida dos outros. Deste rol de indignações destaca-se o olhar traumatizado daquela pobre senhora que não pode ver "a menina", temos todos tanta pena.

O furor era tanto, que em busca de um pouco de tranquilidade os pais foram impedidos de fechar os próprios estores, tal não era o fervor das pessoas que forçavam a sua abertura. Isso não se faz, fechar os estores para não vermos "a menina"! Que coisa horrível!
Existe um símbolo que falta na nossa bonita bandeira nacional. A par das quinas e da esfera armilar também deveriam existir uns binóculos. Passamos de conquistadores destemidos para mirones inveterados.

Rua Sésamo - Canção da Campaínha

Caros amigos, assim percebo o porquê de só cantar músicas irritantes, foram canções como as cantilenas repetitivas da rua sésamo que fizeram este estrago a milhares e milhares de crianças.
Desde a canção do telefone, a da vaca ou a do ginasticar, com voz do Gualter (o mitico Lecas aka José Jorge Duarte), passando por esta que hoje vos deixo aqui, a canção das campainhas e vão ver se não ficam o resto do dia a gritar com voz estridente
"RRinnngalinnn RRiiinnngalinnnn todos vão ouvir as campainhas" Chiça já esta!!!! Raios!!!!

sábado, 17 de março de 2007

Rodrigo Leão - O génio tímido


Estou Esgamado!!!!!
Já passaram algumas horas e continuo ainda siderado com o recital musical que assisti ontem à noite.
O espetáculo do Rodrigo Leão é mais do que um simples concerto de música, é uma experiência, uma lição e um retrato exacto de amor à arte, um exemplo de dedicação e gosto únicos. Se já era fã e digno conhecedor do trabalho deste grande músico e compositor, conhecendo os seus cd´s, ouvir as suas músicas ao vivo é completamente diferente, cada som, cada entrada de instrumento, nada fica ao acaso é como se os instrumentos fossem a continuação do corpo de música extraordinários, que fazem o que gostam e se entregam à música de uma forma exemplar. É como se estivéssemos a assistir a um animado diálogo de um grupo de grandes amigos, mas em que estes não usam a boca para falar, mas sim os intrumentos, GENIAL!!
Rodrigo é um mestre na música que faz e é um mestre a escolher quem o acompanha, desde os violinos, ao acordeão, passado pela guitarra, tudo toca numa sintonia tão perfeita que acaba por soar a poesia, senti-me um privilegiado por poder assitir a um espectáculo incrivel, fazendo com que uma hora e meia de boa música pareça uma manta muita bem trabalhada, aconselho vivamente e tenho pena que este espetáculo apenas esteja nesta sala duas noites, pois o auditório dos ocenos do novo casino é uma casa com condições fantásticas.

Um grande bem-haja ao nosso Rodrigo Leão, pois é sinónimo de qualidade... que continue a pintar bonitas telas musicais!!!

Bem agora já posso ir comer barras de Marzipan!!!!!!!

quarta-feira, 14 de março de 2007

Portugal 2007 | Sabrina | Dança Comigo (vem ser feliz)

Vá, meus amigos. É apenas o complemento do Post do Ogre.
Mas meu amigo, 10 pontos!! Estamos a ser um pouco optimistas, não?

terça-feira, 13 de março de 2007

O Festival dos Festivais

Em casa dos meus pais, nos anos 80, quando ainda só haviam 2 canais, sempre houve uma tradição em relação ao Festival RTP da Canção. Era como que um ritual, durante a tarde a minha mãe fazia um bolo e à noite sentavamo-nos todos em frente ao televisor a observar atentamente o certame.

À medida que fui crescendo e que foram aparecendo mais canais, a tradição perdeu-se e, este ano lamentei profundamente que tal tivesse acontecido.

Este ano voltei a ver o Festival da Canção, e em boa hora o fiz, estimado(s) leitor(es). Assim poderei partilhar consigo(vosco) tão rico espectáculo de luz, cor, fantasia, humor e acho que também por lá ouvi alguma música.

O que por lá passou:
- Um tema de já-não-sei-quem que finalmente aproveitou para musicar o genial trocadinho do "Ipod - Ai pode".
- Um tema (letra e música de José Cid) interpretado com um indivíduo que deve ter sido descoberto para a música numa oficina de bate-chapas ou numa serralharia. De salientar que o artista se fez acompanhar em palco por uma vistosa guitarra, na qual, curiosamente não chegou a tocar. Nem mesmo a fingir... José Cid presenteou-nos com rimas do calibre "ficar/mar" ou "relento/vento".
- Uma música musicada pelos Corvos que parecia quase a música da Coca-Cola dos anos 90.
- Uma mistura de fado(?) com (e aí vem uma expressão que aprecio sobremaneira) "hip-hop tuga" em que abundaram os "yeahs" e os "ahans"
- Uma interpretação do novo hino da RTP que, apesar de ter sido feita com um playback tão mau, só que apercebi disso quando o visionei pela quarta vez. Foi quando consegui tirar os olhos do generoso decote da "cantora".
- A apresentadora, Isabel Angelino, vestindo uma espécie de abat-jour ou uma daquelas redes usadas na pesca do lavagante.
- A canção vencedora não me pareceu assim tão má. Afinal de contas, a Soraia ou Marlene ou Rebeca ou lá como é que ela se chamava presenteou-nos com uma indumentária que incluía uma racha até quase ao umbigo. Além disso, felizmente, a minha televisão tem um botão que diz "mute" o que tornou o processo muito menos doloroso.

Assim sendo, a nossa representação em Helsinquia sera feita por um tema pimba. Se tivermos mais de 10 pontos já vai ser francamente positivo.

Post Light

Devido a compromissos profissionais, que me "obrigam" a almoçar relativamente cedo e a sair relativamente tarde, desenvolvi uma tendência um tanto ou quanto compulsiva para comprar um lanchinho para comer a meio da tarde.
Normalmente o pequeno snack eram 6 croissants (que vêm embalados numa caixa de plástico e que dá muito trabalho estar a pedir para me darem apenas 3 ou 4) ou uma caixa de 4 donuts.

Admito que, à primeira vista, possa parecer um exagero, mas a minha intenção é das melhores: comer um ou dois donuts (ou dois os três croissants) e levar o resto para casa, para a ceia.
O que é certo é que tal nunca veio a suceder. Não consigo aguentar e viro, à vontade, os 4 donuts de uma assentada.

É uma façanha que impressiona o gajedo, mas ao fim de 3, vá lá, 4 semanas é coisa para obrigar a usar outro buraco do cinto.
Para tentar controlar o peso decidi arriscar, não a deixar os donuts, mas a experimentar donuts light e o resultado não foi o melhor. Na minha opinião a finalidade dos produtos light é terem menos 20 ou 30% das gorduras polissaturadas não desvirtuando o sabor do original. Se for para estar a comer uma cena que tem o aspecto de um donut, a textura de um donut, mas que depois sabe a uma fatia de pão integral barrado com uma fina camada de manteiga magra onde é que está a proeza?
Vamos lá a puxar pela cabeça, oh senhores da Panrico, e fazer dos donuts light alguma coisa de jeito!

domingo, 11 de março de 2007

Ida à feira

Peguei na minha fiel mulher e partimos rumo a Abrantes, ao chegar lá, deparámo-nos com uma feira tradicional...foi assim o nosso passeio:

Fui à feira na aldeia
E lá comprei umas pipocas
Ouvi musica de cassete
E vi muitas carinhas larocas

Pois até tinha aquelas bancas
Cheias de aparelhagens e televisões
Peluches e bicicletas
Bastavam gastar uns tostões

E lá anunciava a velhota
Ao microfone a gritar
Com 5 euros sai sempre prémio
Se não sair somos nós a dar

E não é que davam um radiozinho
Ou uma caixa de cartão
Depois era ver os velhotes
A gastar um Dinheirão

Nos divertimentos e carroseis
As músicas tocavam à desgarrada
Todos ao molho ao mesmo tempo
Numa enorme salganhada

Tinha bancas de pipocas
Algodão doce e torrão de alicante
coisas que comi
E fiquei com dores num instante

Antes de vir embora
Tinha ainda que jogar
Naquelas pequenas bancas
Que prémios podemos ganhar

Bastava apenas numas vasilhas acertar
Com 5 bolas 2 vezes
Mas as bolas eram pesadas que nem chumbos
Podia ficar ali meses

Assim foi um belo passeio
Nesta feira tradiocinal
Tenho os ouvidos a zumbiar
e nos intestinos...o habitual!!!

sábado, 10 de março de 2007

Lei - Essa Chatice



Não há nenhum autarca tão preocupado com a lei como euFátima Felgueiras in jornal Público.

Ora aqui está algo que não me surpreende minimamente. Fátima Felgueiras já tinha demonstrado a sua preocupação com a lei através da sua fuga para o Brasil. Não é para menos. Eu também estaria bem preocupado se estivesse no seu lugar. Contudo, não queria encarar essa situação de forma negativa. Era sem dúvida uma boa desculpa para tirar umas férias. O destino é que talvez fosse outro que não o Brasil, quem sabe Cuba ou República Dominicana.
Louvo também a sua honestidade. De facto, se todos os autarcas estivessem tão preocupados como ela, neste momento a comunidade portuguesa em terras de Vera Cruz já teria aumentado significativamente e uma grande parte das câmaras municipais estariam desertas.
Outro aspecto que considero muito interessante nesta autarca foi o seu síndroma de Sto. António. Assim como reza a lenda do Santo casamenteiro que apareceu simultaneamente em Lisboa e em Padua (Italia), também Fátima Felgueiras, apesar de se banhar nas praias do Rio de Janeiro afirmou estar sempre presente em Portugal. Daí o seu bonito slogan de campanha “Sempre Presente”.Bem sei que estes comentários vêem com atraso, contudo as bonitas palavras de Fátima no Público fizeram-me lembrar e sonhar, pois o sonho comanda a vida e quando o Homem sonha a obra nasce

quinta-feira, 8 de março de 2007

Ele está à porta!


Porque o Cone também presta serviço público, encarem isto como uma lembrança e um estimulo para começarem a preencher os ditos modelos 3 e respectivos anexos!

Apesar da evolução do Homem, da Industrialização, do choque tecnológico, etc, nós continuamos ainda bem perto daquilo que fomos, seres tribais, ligados por laços culturais muito fortes que se renovam todos os anos em volta de um ritual colectivo.
Existe uma tribo, numa ilha perto da Austrália, os Bunlaps, que todos os anos reúnem os homens da aldeia em torno da construção de uma enorme torre que servirá de base para um salto de fé, tipo Bungee Jump, mas com leanas atadas aos tornozelos, enquanto os homens e crianças do sexo masculino eleitas para este momento, vão saltando. Em baixo, a restante tribo vai dançando e entoando cânticos de forma a incentivar os saltadores e a desejar que no próximo ano as chuvas tragam boas colheitas.

Pois bem, eu senti algo muito proximo desta realidade naquela luminosa manhã de 2006 em que fui às finanças, não para entregar o IRS, pois, graças ao choque tecnológico, já o tinha feito pela Internet, mas fui tratar do pedido de isenção do IMI (Imposto Municipal que não percebo e não quero pagar, e para tal tive de andar tipo engenheiro a olhar para a planta da casa a fazer medições... história que contarei depois). O facto de me ter apresentado numa repartição de finanças no último dia para a entrega do IRS, mas sem esse generalizado objectivo, fez de mim um turista, ou melhor, um antropólogo que se infiltra no seio de uma tribo para estudar os seus hábitos e costumes culturais.

Agora sim, vejo o nosso lado tribal, assente num ritual anual que fortalece os laços sociais. Foi bonito de se ver. Eram centenas de pessoas que partilhavam histórias, emoções, sentimentos, mas que no fundo estavam ali, faziam parte de algo. Durante quase um dia inteiro, para muitos, aquela era a sua tribo. Vi pesoas a chorar, pessoas a rir, pessoas que se incentivavam mutuamente - "Vá já so faltam 178 senhas para a sua vez! É verdade, já faltou mais!" e vi pessoas revoltadas "É por isto que Portugal não vai para a frente!".

Assim, como os individuos da tribo Bunlap, que sabiam perfeitamente que se poderiam magoar saltando daquela altura, os contribuintes estavam ali, seguros e confiantes, pois aquele era o seu momento. Aos poucos, vi as pessoas a sairem da sala, onde acabavam de entregar a declaração de IRS, com ar de quem sofreu, mas rejubilando o facto de terem conseguido dar o salto - "este ano já está, agora é só para o próximo!".

Eu, que também não quero fugir às minhas raízes, percebi que realmente as novas tecnologias só levam a que se percam as coisas boas da vida. Por isso, este ano, que se lixe a "passa" tecnológica, que se lixe a entrega do IRS pela Internet, eu quero fazer parte do grupo!

terça-feira, 6 de março de 2007

Questão pertinente



Hoje utilizo este espaço para colocar uma questão que me assola a mente com alguma frequência e quero usar este canto para ver se tenho es resposta que preciso, então cá vai:

Se entrarmos numa casa de banho pública e tivermos a lucidez mental para verificar a quantidade de papel higiénico que nela existe e verificarmos que já não abunda, se não pudermos usar outra qualquer casa de banho por uma diversidade enorme de motivos, qual das opções é que tomamos, isto tendo em conta que o papel já não abunda volto a frisar e temos sempre que o uitilizar para a limpeza do rabo claro, não o podendo esbanjar à toa:

A) Usamos papel apenas para forrar o chamado aro da sanita como protecção contra um número infinito de impurezas

B) Usamos o papel para tapar o fundo da sanita, protegendo o nosso rabo do flagelo do salpico da água, também conhecido como repuxo

C) Não usamos o papel para nenhum dos anteriores, correndo assim riscos e apenas utilizando o dito para a chamada limpeza ( e no caso de ainda sobrar, pois pode ser um dia fraquinho, fazer uma bola de papel ou um quantos-queres para entreter)


Pronto, acho esta questão muito pertinente e estou à tempo demais sem respostas, por isso espero encontrar no cone as minhas soluções.

segunda-feira, 5 de março de 2007

União de Leiria protesta jogo contra o Sporting.


Na sequência do passado encontro entre a União de Leiria e o Sporting, os responsáveis leirienses decidiram protestar o jogo. O Sporting já o havia feito, apresentando a expulsão de Liedson como permeditada. Contudo a direcção do clube da cidade do Lis afirma-se ainda mais prejudicada. "A expulsão de Liedson pode até ser uma situação algo complicada para o Sporting, isso não está em causa. Mas a nós expulsaram-nos o roupeiro. Como é que a malta se safa agora. Já temos 4 jogadores e o Domingos Paciência que se recusam a treinar se não tiverem a roupinha dobradinha e a cheirar a fresco, como é apanágio do nosso responsável pelos equipamentos. O próprio Fernando (Guarda Redes) trazia sempre uma ou duas camisitas para passar e agora como é que ele poderá fazer? Foi muito injusto e sentimo-nos muito prejudicados. Até a minha mulher já me enviou uma mensagem que dizia: "e agora quem é que lava a roupa da tua filha?".

Estas foram as palavras do Presidente da União de Leiria, João Bartolomeu na conferência de imprensa após o jogo com os leões.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Manuel Bento - Convocado para a selecção dívina

Para mim um icon das balizas portuguesas, sem dúvida o melhor guarda-redes de todos os tempos.
Jamais serás esquecido, descansa em paz.

Manuel Bento- Uma pequena Homenagem a um grande senhor


Quando era catraio e como quase todos os rapazes da minha idade, comecei a apaixonar-me pelo futebol. Contundo, ao contrário dos meus colegas, eu não queria marcar golos. Queria ser como o Bento.

quinta-feira, 1 de março de 2007

Conjunto Francisco Gouveia - A vizinha convidou-me

Estava hoje a falar com o Espiga sobre música, revisitámos alguns clássicos, cantarolámos e tal...assim resolvi postar aqui um dos meus maiores videoexorcismos, é verdade sempre que tenho muita música foleira a martelar nesta cabeça recorro imediatamente ao Conjunto Francisco Gouveia.
Este agrupamento musical, não é para mim um conjunto pimba, mas sim uma referência da World Music, pois reparem bem na conjugação de elementos da cultura mundial, desde as danças, os chapéus, os instrumentos, tudo se funde numa mescla de culturas deveras interessante.
Eles são arrojados, inovadores e têm umas coreografias muito engraçadas...ora vejam lá!!!

Não gosto de me assoar

Tendo em conta que ando há cerca de 2 meses com o nariz congestionado em filas e filas de ranho, consegui chegar à conclusão que não gosto de me assoar, mais, acho que já sabia que não gostava de me assoar mas não sabia é porque é que não gostava de o fazer, continuava a mandar as culpas para cima do facto de não saber utilizar o espaço do lenço ou papel, e isto é verdade, para mim um lenço de papel dá para uma ou duas assoadelas (duas já esticando bem a corda e se não tiver muito ranho no nariz), não suporto ter de aproveitar o espaço de uma coisa que já usei, sei lá são coisas minhas!!
Mas o que na verdade descobri durante este período ranhoso é que não gosto de me assoar pois ao fazê-lo estou a perder oportunidades de tirar bons macacos.É verdade, gosto de tirar um bom macaco, tenho um culto e um ritual em torno disso e por isso acho que ao me assoar, estou a mandar fora famílias de macacos que não são tiradas por um qualquer dos meus 10 dedos das mãos e mais 2 dos pés que também se ajeitam.Gosto de todo o processo, desde a comichão no nariz, passando pela análise do tamanho até à parte final que consiste na construção da bolilnha depois do macaco já estar no exterior, gosto do processo todo, por isso enerva-me a potes, estar muito bem a tomar o meu duche e verificar que quase não consigo respirar de tanto ranho que tenho no nariz, quando começo a extrair a ranhoca cá para fora com a ajuda de água e não é que vejo na minha mão um daqueles que me levariam à loucura, fico doido:
"Chiça!!Outra vez pá!!E este era daqueles que tenho que fazer um gancho de polegar e ajeitar à saída com o indicador.Catano mais ao raio, este era valente!"

Big Al's Society

Porque é que é assim? Para quem é conhecedor da World Wide Web vulgarmente chamada de net, sabe que existem determinados sites onde o alegre “navegante” pode escolher momentos de prazer com a senhora que mais lhe apraz, através de uma óptima fotografia e uma descrição dos serviços prestados. Ora até aqui tudo muito bem, um site, um serviço, um produto, mas agora vem o busílis da questão, não deveriam mostrar a cara da respectiva? Eu só faço esta pergunta porque quando vou às compras, e escolho um peixinho para o forno, não compro se as guelras estiverem em mau estado, não deveria funcionar assim, a cara das saudáveis senhoras deveria ser mais uma opção de venda?! Ou será que quando se deslocam ao local de definido a senhora se apresenta sem cara? Para além de ajudar à venda do “produto” e do “serviço” certamente que ajudaria em grande parte os indecisos. Então daqui faço o seguinte apelo aos senhores responsáveis por este serviço, vulgarmente apelidados de “proxenetas” vamos lá alterar o layout destes supermercados e mostrar a cara das senhoras, de certeza que o negócio vai prosperar em flecha. Outro site que gostaria de referir é de um grupo de amigos que resolveram partilhar as suas fantasias com o resto do mundo. Pois eu sei que este assunto é para demais falado e que segundo o sexo oposto os homens só pensam nisso, e no futebol, mas acreditem que este site está construído duma forma muito consensual. Ou seja, não é um site totalmente dedicado à nudez, é sim um local onde um determinado assunto muito em voga hoje em dia é abordado de uma forma muito linear e directa. O Swing. www.fantasiasa4.blogspot.com algo que é de louvar neste blog é a interacção dos 4 criadores com os leitores, ou seja os postadores, lêem os comentários dos visitantes. Isto é incrível, já que este blog tem milhares de visitantes mensalmente, assim dá vontade de escrever. Relativamente ao tema, sei que não reúne o consenso de grande parte dos portugueses, na minha opinião Portugal, ainda está “preso” a muito tabus do passado, mas acho que estes quatro amigos, apesar de exporem o seu corpo irão certamente contribuir para o desaparecimento de mais um obstáculo à liberdade de pensamento e de expressão. Para eles desejo-lhes muita sorte e que continuem a mostrar que o mundo não é um local cinzento.

PiPes toma lá!

Big Al's Society

Música para recordar. Eu não sou dos maiores consumidores de música, mas também não me considero um leigo total nesse campo. Eu sou aquilo que se chama um ouvinte Q.B. Conheço minimamente ½ dúzia de grupos, dos anos 80/90, não vou dizer que quando toca uma música na rádio associo imediatamente um grupo mas se puxar um pouco pela massa encefálica só capaz de chegar lá. Mas o que realmente me fascina é a facilidade com que nós (geração) conseguimos ser outrora os maiores críticos dos nossos pais, e a medida que o tempo vai passando, passamos nós a ser alvo das críticas. - Nem pensar! Dizem vocês. Permitam-me discordar quantos de vós já se depararam com uma situação do tipo: Um grupo de pessoas, nós incluidos, música a tocar e de repente ouve-se: - Vamos agora ouvir um clássico, Guns and Roses com Sweet child o’Mine. A reacção da maior parte de nós vai ser: - Deixem ouvir! É pá os Guns!, aquilo é que era, aquele Slash, chiça e o Axl, aquilo é que era som. Se pararem para pensar vão encontrar as semelhanças existentes com os vossos pais. Assustador? Será que existe uma célula no corpo que se muta e faz com que os argumentos usados ao longo do nosso crescimento se assemelham aos dos nossos pais?! De certeza que muitos de vocês já depararam com o vosso rádio a na sintonia do Rádio Clube Português, e não vale a pena negar! Para mim a explicação é simples. É a nossa fase de auto resignação, começamos calmamente a encarar o amadurecimento de forma natural, e a música é a portagem que fica à entrada dessa auto-estrada que é a velhice.