Música para recordar. Eu não sou dos maiores consumidores de música, mas também não me considero um leigo total nesse campo. Eu sou aquilo que se chama um ouvinte Q.B. Conheço minimamente ½ dúzia de grupos, dos anos 80/90, não vou dizer que quando toca uma música na rádio associo imediatamente um grupo mas se puxar um pouco pela massa encefálica só capaz de chegar lá. Mas o que realmente me fascina é a facilidade com que nós (geração) conseguimos ser outrora os maiores críticos dos nossos pais, e a medida que o tempo vai passando, passamos nós a ser alvo das críticas. - Nem pensar! Dizem vocês. Permitam-me discordar quantos de vós já se depararam com uma situação do tipo: Um grupo de pessoas, nós incluidos, música a tocar e de repente ouve-se: - Vamos agora ouvir um clássico, Guns and Roses com Sweet child o’Mine. A reacção da maior parte de nós vai ser: - Deixem ouvir! É pá os Guns!, aquilo é que era, aquele Slash, chiça e o Axl, aquilo é que era som. Se pararem para pensar vão encontrar as semelhanças existentes com os vossos pais. Assustador? Será que existe uma célula no corpo que se muta e faz com que os argumentos usados ao longo do nosso crescimento se assemelham aos dos nossos pais?! De certeza que muitos de vocês já depararam com o vosso rádio a na sintonia do Rádio Clube Português, e não vale a pena negar! Para mim a explicação é simples. É a nossa fase de auto resignação, começamos calmamente a encarar o amadurecimento de forma natural, e a música é a portagem que fica à entrada dessa auto-estrada que é a velhice.
quinta-feira, 1 de março de 2007
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