Confesso que não sou muito de cozinhar, pelo menos não no dia-a-dia. Não acho especial piada a cozer uma posta de peixe ou a estufar peitos de frango. Já que tenho de cozinhar, ao menos faço as coisas com esmero. Comidas mais elaboradas, se possível com um nome francês.
Devido à minha actual inépcia, volta e meia, tenho de me socorrer da minha cábula: o famoso "Livro de Pantagruel".
Quem ainda não teve o privilégio de olhar para o livro, pensem numa lista telefónica com uma capa dura, de serapilheira ou lá o que aquilo é. São 1.192 páginas repletas de iguarias capazes de deixar o Fernando Mendes (o do Preço Certo em Euros) razoavelmente satisfeito.
Tendo em conta o volume que aquilo ocupa, bem como o que custa, dá-me pena deixá-lo no balcão da cozinha, ali, à mercê dos esguichos de óleo, dedadas gordurosas e salpicos de água, potenciando os riscos de danificar tão importante obra literario-gastronómica.
Se pensam que a solução é andar a correr do escritório (onde ocupa lugar de destaque) para a cozinha sempre que não me lembro do passo seguinte, ou mesmo escrever a receita num papel, pensem outra vez. A primeira hipótese cansa muito, a segunda dá muito trabalho.
Lanço daqui o desafio à "Temas & Debates", editora d' "O Livro de Pantagruel" para fazerem uma edição especial para toscos que sujam tudo, tipo, "Pantagruel for Dummies".
Esqueçam a capa dura, em tecido e as folhas em papel suave e acetinado.
Que tal uma edição onde as folhas são de plástico, à prova de água, como os livros para as crianças lerem no banho?
Prometo que, quando isso estiver à venda, farei do fogão o meu melhor amigo. Até lá... como o que fizeres e digo que está bom!
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