sexta-feira, 29 de dezembro de 2006
O nosso apoio a Fornos de Algodres
quinta-feira, 28 de dezembro de 2006
Desarranjo Intestinal: Diarreia, Diarreia Diarreia
Foi o que aconteceu, a repetição incessante da palavra “Diarreia” ficou gravada na cabeça dos convidados, como um “looping” interminável de “diarreias” incessantes. Aos poucos, sempre muito cordialmente, foram dizendo que estavam cheios e rejeitando o belo repasto que se estendia á nossa frente.
Obrigado Imodium e o seu anúncio, que passo a citar: “Para parar a diarreia antes que a diarreia nos pare a nós”, agradeço a repetição de “diarreia” até que a voz vos doa. Acrescento, mais uma vez, que não me incomoda a utilização da palavra “Diarreia” em televisão, pois acho que até à data não lhe tinha sido prestada a devida homenagem.
* Peço desculpa pela repetição da palavra “diarreia”, não é por não existirem sinónimos bastante interessantes para esta, mas tinha de tentar igualar o numero de utilizações que é feita no anúncio, contudo e infelizmente, não consegui atingir o objectivo.
domingo, 24 de dezembro de 2006
É Natal no cone
É Natal no cone
Vamos celebrar
Comprar umas broas
e todos morfar
O trepas ainda está
na fila para comprar
um movel do ikea
para à noite montar
O Ogre ainda anda
atarefado com presentes
mas não se cala com novo strap-on
já nos pôs a todos doentes
O espiga ainda tem
bolo rei do ano passado
diz que vai dar aos convidados
que ainda está conservado
Eu ainda estou
à espera de comprar
um bolo-rei chileno
para assim o poder provar
É Natal no cone
Vamos celebrar
Comprar umas rabanadas
e todos morfar
A todos um Natal, assim tipo mais ou menos!!!!!!!!
sábado, 23 de dezembro de 2006
Kinder Surpresa e Ikea - A Verdade nunca Revelada
O Pipes estava a montar um pequeno carro que tinha saído num Kinder Surpresa enquanto me dizia: “Ontem fui ao Ikea...” e então fez-se luz! O Kinder Surpresa e o Ikea, como é que nunca tinha pensado nisso. Tinha toda a lógica, os ovos Kinder foram a primeira semente viciante que antecipou a chegada do Ikea em Portugal.
O Kinder Surpresa surge em Portugal à cerca de 15 anos. Nesta altura, nós, ainda crianças, começávamos a construir os pequenos brinquedos que vinham dentro dos ovos. Aos poucos esta prática foi-se tornando um vicio. Contudo, ao contrário dos outros vícios, este tinha um efeito muito mais profundo, de tal forma que ninguém suspeitou deste fenómeno. Mas lembrem-se, puxem pelas vossas memórias, pelos recantos mais escondidos das vossas mentes e recordem as vezes que choraram porque a mãe não vos deu o ovo, rimos porque conseguimos construir um coelho que mexia as pernas ou um barco que flutuava, ficamos tristes porque vinha um Mikey pintado à mão que não era necessário montar. Todos estes sentimentos confluíram numa parte especifica do nosso cérebro que nunca desapareceu, poderá até ter ficado adormecido, mas continuava lá (e os Senhores Cientistas do Ikea sabem do que eu estou a falar).
Passados 15 anos, já homens e mulheres, voltamos a acordar este monstro adormecido com o aparecer do “Grande Ovo”, o Ikea (à execpção do Pipes que continua a montar os brinquedos que vêm nos Ovos Kinder como ninguém).
A necessidade de montar brinquedos voltou, mas já não nos contentamos com os carrinhos ou caixinhas mágicas, agora queremos camas, armários, roupeiros, mesas de cabeceira e cozinhas, algo grandioso e queremos sempre mais (tirando o Pipes, que apesar de viciado no Ikea não larga os brinquedos). Não sabemos onde isto vai parar, mas acreditem, não vai ficar por aqui. Daqui a alguns anos, muitos irão dizer, afinal o Trepas tinha razão (à exepção do Pipes que já está demasiadamente apanhado na rede para perceber).
sexta-feira, 22 de dezembro de 2006
Para ti que perguntas porque é que eu não cozinho mais vezes
Devido à minha actual inépcia, volta e meia, tenho de me socorrer da minha cábula: o famoso "Livro de Pantagruel".
Quem ainda não teve o privilégio de olhar para o livro, pensem numa lista telefónica com uma capa dura, de serapilheira ou lá o que aquilo é. São 1.192 páginas repletas de iguarias capazes de deixar o Fernando Mendes (o do Preço Certo em Euros) razoavelmente satisfeito.
Tendo em conta o volume que aquilo ocupa, bem como o que custa, dá-me pena deixá-lo no balcão da cozinha, ali, à mercê dos esguichos de óleo, dedadas gordurosas e salpicos de água, potenciando os riscos de danificar tão importante obra literario-gastronómica.
Se pensam que a solução é andar a correr do escritório (onde ocupa lugar de destaque) para a cozinha sempre que não me lembro do passo seguinte, ou mesmo escrever a receita num papel, pensem outra vez. A primeira hipótese cansa muito, a segunda dá muito trabalho.
Lanço daqui o desafio à "Temas & Debates", editora d' "O Livro de Pantagruel" para fazerem uma edição especial para toscos que sujam tudo, tipo, "Pantagruel for Dummies".
Esqueçam a capa dura, em tecido e as folhas em papel suave e acetinado.
Que tal uma edição onde as folhas são de plástico, à prova de água, como os livros para as crianças lerem no banho?
Prometo que, quando isso estiver à venda, farei do fogão o meu melhor amigo. Até lá... como o que fizeres e digo que está bom!
quarta-feira, 20 de dezembro de 2006
Big Al's Society
Corria o ano de 1836, Portugal vivia o seu período de Segundo Liberalismo, a Monarquia Constitucional; Portugal nesse ano teve 5 chefes de estado, a Inglaterra via nascer um grupo mediático de seu nome “Pedras Rolantes”, Lili Caneças essa entra na faculdade de Belas Artes de Lisboa (como objecto de estudo), Pipes lança a sua linha roupa para pastores. Após acordar com as fábricas o volume da produção pretendida, Pipes precisava agora de um mega lançamento. Rapidamente se escolheu um local para o mega acontecimento, foi escolhido o local de culto de todos os pastores: - Serra da Estrela. Para grande tristeza de Pipes nesse fim-de-semana estava a decorrer o Festival Anual da Miss Queijo da Serra Molhada. Teria de encontrar uma alternativa rapidamente. Depois de muitas horas a pensar no assunto, Pipes lembrou-se de um convite que lhe tinha sido feito à pouco tempo, pelo Carlitos Canteiro, jogador de futebol que jogava no Sobral Pichorro, seu antigo colega de serviço militar na Infantaria do Campo das Cebolas.
Após mudar todo o seu staff para Fornos de Algodres, Pipes inicia agora os preparativas para a festa a realizar na Casa do Povo, depois de confirmar a presença do grupo Tahiti, surgia agora a possibilidade de juntar em cima do palco o HOMEM! Que faz do mundo da música portuguesa um grande show: - NEL MONTEIRO! Por mais uns patacos, ainda se conseguia juntar o Tino de Rans e a Leonor Sousa, estava-se a projectar a melhor festa que a Beira Alta alguma vez viu. E tudo no dia em que Fornos de Algodres era elevada a concelho. A festa durou 3 dias e 3 noites, o consumo de queijo da serra bateu todos os recordes, 250 queijos consumidos, 15 porcos abatidos, 4 virgens inauguradas e a colecção do Pipes apresentada. Desde então que o povo de Fornos de Algodres apresenta um característica física inconfundível. Faces rosadas, olhos verdes e um desejo incontrolável de por o dedo no nariz, inexplicável.
segunda-feira, 18 de dezembro de 2006
Festas de Natal
Jose Cid Revolta Pasteis Nata
Nesta altura natalícia, de paz, amor e falta de tempo, deixo-vos aqui um exmplo de fraternidade humana por parte do nosso grande José, José Cid.
sexta-feira, 15 de dezembro de 2006
Big Al's Society
quinta-feira, 14 de dezembro de 2006
Poemagruel - Cozido à Portuguesa.
Estou na cozinha a preparar
Uma Valente almoçarada
Um Cozido à portuguesa
Com Vinho tinto e mais nada
Aqui está a listinha
De Ingredientes do manjar
Assim vis direi
Aquilo que irão adicionar
Carne de vaca para cozer,
Entrecosto e meia galinha,
Chispe, pé de porco
E de porco também a orelhinha
Presunto, chouriço e farinheira
Bacon e salpicão
Toucinho salgado
E até couve portuguesa ou coração
Cenouras, batatas e nabos
É o que falta juntar
Mais o sal e o azeite
Para começar a cozinhar
Numa panela bem grande
Todas as carnes vamos misturar
Em água vão cozer
Enquanto as mais salgadas ficam a descansar
Com um fio de azeite
A água vamos regar
E a gosto pessoal
Tudo vamos temperar
Por ordem de cozedura
Os enchidos vamos retirar
Depois a carne de porco e no fim a de vaca
Quando bem cozida ficar
Na água de cozer as carnes
Vamos largar tudo o que é legume
Quando estiverem cozidos ficam na panela
Enquanto apagamos o lume
Chegou a altura de servir,
Vamos as carnes cortar
Juntamos os ditos legumes
Numa travessa ou alguidar
Falta apenas falar
Do belo acompanhamento
Arroz branco e feijão
Para meu alegre contentamento
Ora aqui está pois então
Uma valente almoçarada
Em forma de poema
Para toda a Rapaziada
A Vida e Graça de Alípio
- Olá Alípio como estás caraças?! – Pergunta Patrício
- Nada bem, caraças! – Responde Alípio
- Então? porra!
- Tenho andado com uma micose no escroto, chiça!
- É pá! Onde arranjaste isso? Catano!
- Acho que foi no barbeiro, irra!
- Achas que têm mais? Caraças!
- Não pá, aquilo sai muito bem, catano!
- É pena, sempre quis ter uma dessas, irra!
- Até logo Patrício, porra!
- Adeus Alípio, chiça!
Alípio caminha agora vagarosamente em direcção à Farmácia Central, onde vai comprar um unguento para corar a sua maleita, mas como a rua é a subir a viagem poderá demorar aproximadamente duas horas, já que duzentos metros a subir é matéria para arrastar o nosso herói. Ia Alípio a virar a esquina, quando vindo do terceiro andar do clube desportivo e recreativo de Caniçais, um acordeão acerta-lhe em cheio na testa. Alípio levanta-se e reclama com o sócio número 18 o Sr. António José Catano, dono da casa de aprestos marítimos e de caça de Caniçais.
- Fdx, Sr. Catano acertou-me em cheio nos cornos! Porra
- Oh! Pequeno Alípio, peço desculpa estava a treinar o meu jogo da malha! Irra.
- Está aqui algo estranho, já consigo falar mais rápido. Carago!
- Oh! Pequeno Alípio, peço desculpa estava a treinar o meu jogo da malha! Porra.
- Pois, estou a sentir que falo bem e que não arrasto a fala, Chiça!
- Oh! Pequeno Alípio, peço desculpa estava a treinar o meu jogo da malha! Irra
- Deixe lá isso homem, sinto-me capaz de soletrar um dicionário, catano!
- Oh! Pequeno Alípio, peço desculpa estava a treinar o meu jogo da malha! Porra!
- Desculpe, mas estava a jogar à malha com um acordeão? irra!
- (…)??? (…) Oh! Pequeno Alípio, peço desculpa estava a treinar o meu jogo da malha! Chiça!
Alípio sangra abundantemente da testa, mas consegue agora andar muito mais rápido do que à minutos atrás, entra na Farmácia Central com um ar confiante mas com a camisa cheia de sangue, o pânico instala-se enquanto o Tozé, filho do Sr. Pinças dono da peixaria agarra Alípio e manda-o ao chão, Lolita Martinez, antiga estrela da cassete pirata, corre para o telefone e chama a guarda, o Sr. Carlitos pega no cutelo e aponta á garganta de Alípio. Uma gritaria desenfreada invade a farmácia, entre urros de dor e gritos vários – Assassino!!! – Uma nuvem de pó levanta-se. Como irá terminar tudo isto? Porque foi Alípio assim tratado?
bic
Esta noite, mais uma vez, fiquei sem saber como decidir entre um chá de ervas aromáticas e menta ou um chocolate quente. Toda a minha vida tem sido assim. Tudo para mim é uma incerteza e nunca consigo escolher. Mas, a dada altura, tentei perceber o porquê das minhas indecisões? Mas de imediato fez-se luz. As imagens começaram a surgir na minha cabeça como um flash-back de tudo o que vivi. E então percebi, a culpa é da BIC, ou melhor, do anúncio da BIC.
Como escolher uma BIC, a laranja tinha escrita fina e a cristal escrita normal. È impossível. Eu tinha que ter as duas. Fazer uma única caneta perfeita que juntasse as quatro grandes características de ambas. Assim, esta deveria ser Cristal Laranja e com uma escrita Fina Normal. Mas, tal como perceber a letras dos GNR, esta proeza também estaria condenada ao fracasso. Não houve remédio e as canetas foram sempre diferentes, o que para mim foi um grande problema, até porque na escola tinha de escrever uma palavra com a BIC Laranja para escrita fina e BIC Cristal para escrita normal, ficando sempre algo do género:
“ESTE fim DE semana FUI ao JARDIM Zoológico E vi UNS coelhos QUE a PROFESSORA disse QUE se CHAMAVAM cangurus. A professora SABE o NOME de TODOS os COELHOS...”
Enfim, mas eu sei que devem de existir mais pessoas, seres humanos íntegros mas que ficaram para sempre marcados por este trauma, e a culpa é da BIC e da sua música “BIC Laranja para escrita fina e BIC Cristal para escrita normal, duas escritas à sua escolha bic bic bic...”
quarta-feira, 13 de dezembro de 2006
Os queijos e sua Ana!!
Hoje gostava de poder lançar um desafio, um desafio para tentar suprir um vazio que à muito se arrasta na nossa sociedade, mais propriamente na nossa indústria musical.
O que é feito da Ana Faria? Onde está a Ana Faria? Será produto da minha imaginação em criança? Onde estão os queijinhos frescos? Será que azedaram?
Sim! O que é feito da senhora que nos trouxe os queijinhos frescos? Durante muitos anos tenho vivido com esta pedra na minha mente e não consigo deixar de pensar nisto. Esta senhora desapareceu do mapa levando com ela os seus queijinhos frescos. Os únicos "queijos" que tentaram seguir carreira para além da Ana Faria e dos restantes frescos, foram o Nuno e Henrique (os Modern Talking Portugueses, pois então!), mas rapidamente entraram no mundo da deliquência e do puro devaneio artístico de quem é arrastado para o mundo da fama por vender 2 ou 7 singles e 3 ou 5 lp's.
Para mim o projecto Ana faria e os queijinhos Frescos sempre foi válido, nunca poderia ter acabado com a obra a meio. Se o Projecto terminou pela razão evidente dos queijinhos começarem a ficar queijões com borbulhas e pêlos faciais, então terminou mal, isso resolvia-se com a simples renovação do plantel dos queijos, não precisavam de ser sempre os mesmos, senão imaginem a idade que teriam os queijos agora...chiça!! também tenham dó!! Vejam o Caso dos MiniStars, embora também já estejam extintos, ainda assistimos a algumas renovações da equipa de MiniStars, estes então com uma morte anunciada logo desde a criação do projecto, pois convenhamos que quem escolhe o nome MiniStars, não pode fazer uma carreira muito longa, dura apenas enquanto se for mini, não necessáriamente estrela, mas apenas Mini.
No caso da Ana Faria, é óbvio que teria uma carreira sempre um pouco mais longa, mas também compreendo que neste momento seria impossìvel o projecto existir e ter ainda a mesma Ana Faria, pois acredito que só fizessem espetáculos em lares de 3ªidade e salas de espera de hospitais e centros de saúde.
Na minha opinião, também a Ana Faria poderia ser reciclada, assim teriamos a Ana Faria até aos trintas e tais...e Puf!!! Entra uma nova Ana Faria, uma nova pessoa, o mesmo nome, vejam o caso do 007, nunca foi sempre o mesmo pois não? e mesmo assim tivemos sempre filmes novos do James Bond para ver, não tivémos?
Assim o meu desafio é simples, gostava de poder lançar uma nova Ana Faria e uns novos queijinhos frescos, fazer castings, fazer audições pelo país fora, para assim poder criar um êxito maior ainda que o do Luís que foi a Paris...
Já sabem quem tiver interessado e tenha potencial para ser uma nova Ana Faria...
traga os seus queijinhos que estamos à sua espera aqui no Cone para juntos rumarmos ao estrelato!!
O nosso obrigado
Um bem-haja a todos os leitores, hoje especialmente para todos os que nos lêem da República Democrática do Congo. Foi mais uma meta alcançada das imensas a que nos propusemos. Hoje o Congo, amanhã o Nepal e lá para terça-feira Fornos de Algodres (para alegria do Espiga). Mas, e depois de já tanto se ter escrito neste espaço sobre a grandiosa nação do Congo, gostaria também de agradecer a quem nos permitiu este passo de gigante no mundo blogueiro – a Rita Maria(http://infernocheio.blogspot.com). Foi graças a ela que o Cone passou a ser uma referência diária na vida dos Congoleses.
Obrigado Rita.
terça-feira, 12 de dezembro de 2006
Em cada Congolês um leitor, em cada Congolês um amigo!
Parece que foi ontem que os apoiantes de Joseph Kabila desfilavam pelas ruas de Kinshasa, rejubilando com a vitória do seu líder nas primeiras eleições multipartidárias desde 1960. Parece que foi ontem... mas, na verdade, foi em finais de Julho.
Quem nunca sonhou contemplar o pôr-do-sol no "Lualaba Grill", o restaurante mais romântico de Bas-Uele? Possivelmente quase ninguém, mas não é essa a questão.
Temos muito que agradecer a esse país por nos ter dado a conhecer a magia de N'Dinga, N'Kama, Basaúla e ainda não um, mas dois Makukulas! Da "exportação" de N'Dinga, em particular, não advém somente um enriquecimento da qualidade do espectro futebolístico, mas também um impulsionar (quase como um renascer) da indústria dos carimbos em Portugal!
Por tudo isso, e muito mais:
"Ninaweza kusema Kiswahili, por isso, asante sana!"
Ao Congo um Bem-haja!!
Queria apenas aproveitar este espaço para agradecer ao habitantes do congo o carinho, a ajuda e o voto de confiança, pois com eles do nosso lado sentimos que nada nos pode parar, nada nem ninguém, pode cair o Sr.Carmo e a Sra. Trindade que neste momento o cone será completamente indestrutivel...
To Congo Democratic Republic our well-it has!!
Borda D`Àgua - O Verdadeiro Almanaque
Gostaria então que olhássemos para o nome “Borda D`Àgua – O Verdadeiro Almanaque”, não para o seu significado, pois esse perdeu-se nas brumas do tempo, mas sim para outros elementos. Em primeiro lugar, é notável a liberdade gramatical que a exclusão da letra “E” no “D`Àgua” confere à expressão. Transmite uma musicalidade única que nunca seria conseguida com “Borda de Agua”. Para mim é um dos maiores rasgos de criatividade humana depois das Petasetas. A segunda nota vai para a redundância que advém do subtítulo “O Verdadeiro Almanaque”. Em primeiro lugar não conheço outras publicações do género e em segundo este é o único documento verdadeiramente à prova de cópia. Ninguém tem coragem de o reproduzir e graças a isso, quando fui a um centro de cópias pedir que me tirassem uma cópia da capa e de mais uma ou duas páginas, fui violentamente agredido, levando com dois agrafadores na testa e um furador na nuca quando já tentava fugir.
Este é o auto intitulado manual da sobrevivência e não poderia estar mais de acordo. Só este nos ensina que a batata se deve cultivar em Novembro e que a poda nas figueiras deve de ser feita em Janeiro durante a lua minguante. Mas não só, oferece-nos também momentos de reflexão e introspecção metafísica, é a pedra basilar da nossa vida.
Este livro deveria ser obrigatório, nunca existirá outro que faça a conexão perfeita entre a plantação do tremoço e a consciência de existência própria num universo metafísico e ideológico.
Atrevo-me agora a deixar aqui um excerto da obra, a nota astrológica do mês de Janeiro:
“As pessoas nascidas sob a influência do corno da cabra, e da abundância, são em geral seres fortes mentalmente, capazes de se dedicarem com sucesso a causas e ideais, pois têm não só uma visão do futuro e do alto a que querem chegar como a perseverança de trilharem os caminhos adequados.”
In “Borda D`Àgua - o Verdadeiro Almanaque” para 2007
segunda-feira, 11 de dezembro de 2006
Vida e Graça de Alípio
Irei dar ínicio a mais uma rubrica. Uma novelita do tipo "Relatos da Vida de um Médico" Espero que acompanhem e disfrutem dela tão mais quanto eu.
Episódio 1
sábado, 9 de dezembro de 2006
A Canhola
quinta-feira, 7 de dezembro de 2006
Aquilo é que era vida...
Como tenho estado de férias nestas últimas duas semanas, passo a maior parte dos meus dias dividido entre sestas no sofá, jogar Playstation e ver televisão. E foi precisamente este último passatempo que me provocou um esgar de dor misturado com alguma nostalgia. Dor porque carreguei na tecla 4 do meu telecomando quando estava a dar aquela rubrica onde indivíduos que não têm mais nada para fazer (e tanta rua que há aí a precisar de ser varrida como deve de ser...) se entretêm a debater temas que não têm interesse absolutamente nenhum da vida de pessoas que não interessam a ninguém. Foi ao ver isso que o seguinte pensamento me assolou: - "Oh Ogre, o que é feito da televisão, nas tardes dos dias de semana, de antigamente?" - Isto porque eu aprecio fazer perguntas a mim próprio, sabendo de antemão que não vou conseguir responder...
De repente voltei a ter 8 anos... Estar na escola, já quase uma hora, a ter Meio Físico e Social (nunca cheguei a perceber o que é que se dava nessa disciplina) quando toca a campaínha. Toca a arrumar criteriosamente os 4 livros, por ordem de disciplina, arrumar o caderno diário (aqueles com capa amarela onde escreviamos o nome e o número) no armário da sala de aula, pôr a gigantesca mochila às costas e correr até casa da minha avó, onde, se tudo corresse bem, o almoço era carne.
Tudo correu bem, bife com batatas fritas e o mítico ovo a cavalo! Uma vez aspirado o almoço, toca de ir fazer os trabalhos de casa. Normalmente, na disciplina de Português, a Sra. Professora (no caso, a D. Lúcia) lia um texto e mandava assinalar certas e determinadas palavras com um "o" e/ou um "x".
Se a palavra tivesse só um "o" tinhamos só de decompô-la, se tivesse um "o" e um "x", além da decomposição ainda incluía uma ida ao dicionário para ver o seu significado. Depois, no caderno dos TPC's ficava mais ou menos isto:
marcador
mar-ca-dor
marcador
O Ogre utiliza o marcador para pintar o desenho.
Repetido para as cerca de 20 palavras que traziamos por dia. Depois dos trabalhos estava livre para fazer o que quisesse e, invariavelmente, o que eu queria era sentar-me à frente da televisão à espera das 14h30, 15h. Eis que começava, já não me lembro da música, nem do genérico, mas ainda guardo uma imagem num recanto da minha perturbadamente da D. Vera Roquette. E digo D. Vera Roquette porque, apesar de ter sido a primeira mulher por quem tive uma forte atracção, era mais velha que eu e, por isso, carecia de um trato respeitoso.
Haverá melhor programa do que um que nos dava uma opção de escolha entre duas séries e, como se isso já não bastasse, ainda nos proporcionava momentos de puro deleite com outra série enquanto nos decidiamos? Eu torcia sempre ou pelos "Soldados da Fortuna" (Agora o "Esquadrão Classe A - versão brasileira Herbert Richards") ou pelos "Três Dukes". Enquanto lá no cantinho se podia acompanhar a votação em directo (a minha mente gritava, de tempos a tempos, "VOTEM NO BLOCO A, PAROLOS!") eramos contemplados com um episódio das aventuras do "Tom Sawyer". O mundo não podia ser mais perfeito. Esperem, podia sim. Faltava pedir à minha avó que me arranjasse uma carcaça com tulicreme ou com manteiga e açúcar. Agora sim, o mundo é perfeito. Como se não bastasse, o Bloco A vence por larga margem. Depois do Tom Sawyer ainda vou poder ver os "Três Dukes"! E quando acabar, o meu primo vai chegar da escola e vamos poder continuar a construção dos nossos carrinhos de rolamentos!
Como a vida era simples...
quarta-feira, 6 de dezembro de 2006
Big Al's Society
Ogre trabalhava como locutor na rádio Peninsular, apresentava o programa “ Vira o Disco”, corria a época do pós guerra. Ogre tinha servido na frente de batalha, sandes e refrescos: Após perder 1/2% da visão da vista esquerda, enfrentava agora um novo desafio na sua vida, entregue a uma realidade bem mais calma, tinha no seu programa de discos pedidos o seu escape para esquecer os traumas de guerra. Mas Ogre não se sentia realizado, queria mais, depois de uma parceria falhada com Luís Vaz de Camões, que acabou com uma facada na vista de um deles. Ogre sonhava agora com um estilo de comédia que só viria a ter o seu bum 58 anos depois, o “stand up comedy”. A caminho de sua casa no Cacém, Ogre tinha muito tempo para pensar no novo programa que idealizava, o trânsito para aquelas zonas é algo que dura há séculos, como a velocidade era mais próxima do parado do que do rápido e o trânsito muitas das vezes é uma paródia, nasce o primeiro nome do projecto:
- Parada da Paródia
Ogre acabou por viajar para EUA, em 1960, onde realizou inúmeros filmes de Jerry Lewis, depois de ganhar um Óscar mudou-se para o Brasil depois de assinar um contrato milionário com a rede Globo.
OS PARODIANTES DE LISBOA, só gostava de deixar uma palavra de agradecimento a todos aqueles que deram voz aquele que foi e sempre será o melhor programa que a rádio alguma vez viu. by espiga
terça-feira, 5 de dezembro de 2006
Ode a 3 palavritas!!!!
Peguei no Piaçaba e limpei
A sanita antes do bidé
Como estava de trusses caí
Por sorte não parti um pé
Quando me levanto reparei
Que o piaçaba estava conspurcado
Fui rápido ao bidé
E com os trusses limpei-o um bocado
Olha que coisa a minha
Para o que me havia de dar
Limpar o piaçaba com os trusses
Sem a aguá do bidé usar
Mas como se não bastasse
Deixei o piaçaba cair
Para dentro do bidé
Antes dos trusses eu vestir
Assim tinha eu
Um bidé atascado
Com uns trusses mais que sujos
E um piaçaba conspurcado
Raios! Chiça! Gritei eu
Que bonita confusão
Sujei o bidé, o piaçaba
E os meus trusses de algodão
Quando num fim reparei
Nem queria acreditar
Com as palavras bidé, trusses e piaçaba
Tinha acabado de brincar
Para acabar a cantilena
Tenho que voltar a escrever
Trusses, bidé, e piaçaba!!
Numa Ode a Valer
Big Al's Society
Eu irei ter o prazer de desvendar o verdadeiro mistério do seu desaparecimento.
Lisboa 27 de Julho de 1578
Trepas acorda depois de mais uma noite de farra nos paços reais. D. Sebastião tinha organizado mais uma das suas famosas festas para o “jet-set” lisboeta. A noite tinha sido bem regada e bem “recheada” pois o Pipes tinha lá aparecido com umas amigas indígenas, e, depois já se sabe, como é, o Pipes a por música o Trepas a dançar, a corte fica doida. D. Sebastião tinha muito gosto em convidar os amigos para as suas “raves”, algo que nunca foi muito bem aceite pela sua família espanhola. O seu primo Filipe II, tinha imensa inveja dele, pois era gago, estrábico, canhoto e com gostos sexuais duvidosos. Mas não vamos entrar em intrigas, até porque D. Sebastião gostava delas bem roliças, segundo ele, quanto mais chicha tinham as moças mais macias seriam. Trepas levanta-se e faz o seu exercício matinal, duas flexões e 1/2, 5 passagens de mão no cabelo e dois coça escrotos. Tinha combinado ir almoçar com o amigo Sebas (D. Sebastião), conheceram-se na escola militar do Campo Alegre durante a recruta, ambos eram vidrados em desportos radicais, como tal tornaram-se imediatamente bons amigos e estavam a organizar uma “Surf trip” com o Pipes a Marrocos.
Chegado ao palácio no seu cavalo árabe de nome Rashid Muganga, reparou num incrível aparato à porta. Pensou logo: (…) – Ui ui! Não me digas que as indígenas eram menores?! (…) – Mas não, eram já os preparativos para a viagem a Marrocos. D. Sebastião iria aproveitar esta “Surf trip” para fazer uma limpezazita étnica, como ficava em caminho ia “limpando uns infiéis”. Mas, em Gibraltar, já estava D. Filipe II, a caminho de Alcácer Quibir para preparar uma armadilha ao seu primo.
No dia 3 de Agosto de 1578, a trupe toda acampou à porta de Alcácer Quibir, num tipo de Orbitur Marroquino, parecido com o da Costa da Caparica, mas sem as roullotes de febras. (dejá vue). Na tenda do Pipes, já se fumega, Sebas saca de um saco de maconha, e começa a enrolar, enquanto um pouco mais ao lado Trepas enrola uma marroquina. À GRANDA TREPAS! A meio da noite, Sebas já completamente alucinado, grita: (…) – Fdx, por muy corajoso que soy El Rey deste muy maravilhoso reyno, não irei combater. Irey muy declaradamente imigrar para el reyno de Aus Trália, sei que belas ondas lá se formam bem abastadas de vento “off shore” (…) – epá cum catano por esta é que não estavam à espera! O Dom Sebastião foi para o país que hoje é chamado de Austrália. Trepas ainda o tentou dissuadir, mas sem resultado, além disso já era tarde e o pessoal já estava bem aviado. No dia 4 de Agosto de 1578, lá se levantaram, uns para irem à guerra, outros para irem à Pastelaria Carcaça Arabista e outros para irem para a Aus Trália. E em relação a D. Filipe II, esse foi visto a sair do Café Turco a andar de perna arqueada.
segunda-feira, 4 de dezembro de 2006
A Minha Agenda
Durante a infância fui marcado por 3 coisas, as bombocas sabor a morango, as pastilhas pirata e "A Minha Agenda". Quando chegava a época natalícia, lá começava ela:
"Pró Natal, de presente, eu quero que seja... A Minha Agenda! A Minha Agenda!" Estou deprimido demais para falar da construção gramatical desta frase, pois, "A Minha Agenda" nunca foi minha!!!
Nunca consegui obter esse manual de sobrevivência infantil. Como tal, fui sempre colocado de parte! Nunca lhe toquei, nunca senti a textura das suas folhas ou a dureza da sua capa. A televisão foi o único elo que me ligou a esse Santo Graal. Lutei incessantemente pela sua conquista, atravessei Continentes e Oceanos para a encontrar. Bem, não foi tanto assim, quanto muito ia até à papelaria do final da rua e talvez, em dias de chuva, lá tivesse de saltar uma ou outra poça de água. Desculpem o exagero, mas estava lançado. Enfim, todos os natais implorei pela “A Minha Agenda” e em todos acabava presenteado pela decepção de não a ter. Os anos passaram, fui crescendo, mas nunca a esqueci. Um amor platónico nunca visto, conhecia-a por dentro e por fora. Ela tinha jogos, receitas, anedotas, magia e tudo o que realiza e completa um ser humano.
A minha angustia foi aumentando à medida em que "A Minha Agenda" desaparecia nos confins do éter televisivo . Ano após ano, o anuncio na TV ia sendo reduzido, chegando ao extermínio. Foi a dor mais forte desde que soube que o Presto não tinha glutões verdes que comiam as nódoas! Como tal, fui apenas sobrevivendo com esta dor. Amargurado e sentido, tive de a reprimir e encarar a vida de frente. Ainda mantenho a esperança de que “A Minha Agenda” esteja bem, com quem a saiba cuidar, que tenha feito todas as suas receitas, lido as suas anedotas e aprendido as suas magias.
Vivo na certeza de que este amor à distância não morrerá e sei que apesar de nunca ter sido minha, “A Minha Agenda” jamais me deixou!
sexta-feira, 1 de dezembro de 2006
Finalmente!! Aquilo que ninguém quer ouvir
Pois bem, comecemos por questões: qual a primeira canção que cantamos e tentamos ensinar a uma criança? R: Atirei o Pau ao gato; qual a música que mais catarolamos ao ouvido das crianças? R: Atirei o pau ao gato
Parece-me óbvia a fixação com esta cantilena e com o facto de a tentarmos impingir às crianças desde tenra idade, mas o que é facto é que esta canção é mais violenta que um filme do Chuck Norris, atentem ao..."Atirei o pau ao gato to to", começa muito bem, não começa? então estamos a atirar um pau a um gato, sem nenhuma razão aparente pois então e como se não bastasse ainda colocamos uma repetição ridicula da ultima siliba da palavra gato para preencher um espaço musical que ficava vazio, continuemos... " Mas o gato to to não morreu eu eu"... ora muito bem vamos pensar sobre isto, se eu lhe atirei um pau e se digo que ele não morreu, é porque, e corrijam-me se estiver errado, EU QUERIA QUE ELE MORRESSE, certo? assim temo-nos a atirar um pau a um gato, sem razão aparente para o fazer, com o objectivo de matar o gato, e mais uma vez voltamos com a lengalenga de repetir a última silaba, não bastava a palavra gato, ainda lhe pusemos mais a palavra morreu em cima e isto, meus amigos, é uma bola de neve, podemos correr sérios risco de os nossos filhos ficarem com um problema na fala e andarem o resto da vida " oh pai ai ai, anda cá cá cá, pois o jogo, pois o jogo não está a dar aaarrr!".
Vamos seguir... " Dona Chica ca ca, assustou-se se se, com o berro com berro que o gato deu MMIIIIAAAUUUU", ora bem, sobre as repetições das silabas, nem vou falar mais para nao correr o risco de ser eu próprio muito repetitivo, sobre o resto, acho que já esntendemos um pouco aquilo que aqui está implicito, uma palavra apenas para a dona Chica, que não é tida nem achada para o facto de atirarmos um pau à cabeça de um gato, com o intuito de o matarmos e sem razão aparente, mas lá aparece ela, não sabemos quem é, nem qual o papel na história, mas se é só para dizer que alguém se assustou com o berro do sacana do gato... dddaahhhh pois claro!!! Então se atiramos um pau à cabeça de um gato, sem razão aparente, provavelmente o gato está distraído e se o queriamos matar, quer dizer que atirámos o pau com uma força do catano, razão suficiente para alguém se assutar claro, pois o bicho deve fazer uma chinfrineira doida, por isso é óbvio que a dona Francisca deve ter dado um salto valente lá da chaminé... sim pois chaminé, ela estava sentada numa chaminé e ninguém, ninguém se senta numa chaminé raios!!!
Pois bem, quero apenas dizer que se um dia eu tiver um filho vou optar por uma de duas versões desta música, ou vou escolher a versão boazinha e não meto ninguém a tentar matar gato algum, ou então digo "olha filho, vão-te começar a cantar uma música sobre atirar um pau a um gato, e o gato não morre, pois bem filho o objectivo é matar o gato percebes? Por isso não cantes que atiraste o pau ao gato, canta antes que mandaste uma rajada de tiros de g3 ao gato, ok??!!"
P.s - prá semana falamos da música do cavalinho que não sai do lugar, ok??