Enquanto portugueses orgulhamo-nos do nosso passado glorioso e das nossas tradições. Contudo, alguns dos elementos marcantes da “portugalidade” deixam um pouco a desejar.
A calçada portuguesa é sem dúvida das coisas mais parvas que o povo luso se deu ao trabalho de inventar. Imagino a equipa de criativos que na altura discutiu esta invenção:
1º Criativo – Caros companheiros. Vós sabeis que por lados de terras lusas pouco se faz. Em nome del Rey, não considerais vós que devemos embarcar numa nova demanda?
2º Criativo – E não é que tendes vós toda a razão! Por mim assim será. Mas o que fazer? Continuamos a trazer novos mundos ao mundo, com investidas épicas sobre o desconhecido?
1º Criativo – Mas ó Antunes, isso já está um bocadinho visto! Tem que ser algo de diferente. Tem que ser trabalhoso e com o mesmo impacte. Como o facto de se fazer milhares de quilómetros por água só para ir buscar pimenta e caril.
2º Criativo – Mas, por El Rey, o que é que poderá ser tão grandioso e ao mesmo tempo tão inútil?
3º Criativo – Meus, mas da Índia não vêem só a pimenta e o caril. Os manos trazem de lá uma cena que dá uma granda pedra!!!
1º Criativo – É isso, por El Rey, tendes toda a razão! É a pedra… Vamos fazer caminhos todos em pedra!
3º Criativo – Mas Casimiro, os romanos já deixaram isso cá em Portugal!
1º e 2º Criativos – É pá! Calai-vos por El Rey!
“Nasce” assim a calçada portuguesa. Um trabalho extremo de colocar pedrinha por pedrinha ao longo de caminhos de passeio intermináveis. Os coitados dos calceteiros não fazem mais nada do que partir cascalho. Arranjamos uma forma eficaz de, com muito trabalho, não se chegar a lado nenhum. Enquanto que em praticamente todo o mundo, basta espalhar cimento, alisar e despachar a coisa, em Portugal temos que ir pelo mais complicado.
Quem ainda consegue andar nos passeios compreende o que digo. É buraco em cima de buraco, pedras soltas e propícias ao arremesso manual. Basta cair uma chuvinha e os nossos passeios ficam com mais crateras que a lua. E nem imaginam o que sofre um bebé no seu carrinho quando guiado por estes caminhos tortuosos. Bem pior que um Lisboa-Dakar.
Contudo, o monopólio da calçada não foi sempre nosso. Durante algum tempo existiu também a calçada Palestina, que infelizmente só durou 3 minutos. Foi o tempo que demoraram a “atira-la” aos Israelitas. Pelo menos esta sempre tinha algum uso!
A calçada portuguesa é sem dúvida das coisas mais parvas que o povo luso se deu ao trabalho de inventar. Imagino a equipa de criativos que na altura discutiu esta invenção:
1º Criativo – Caros companheiros. Vós sabeis que por lados de terras lusas pouco se faz. Em nome del Rey, não considerais vós que devemos embarcar numa nova demanda?
2º Criativo – E não é que tendes vós toda a razão! Por mim assim será. Mas o que fazer? Continuamos a trazer novos mundos ao mundo, com investidas épicas sobre o desconhecido?
1º Criativo – Mas ó Antunes, isso já está um bocadinho visto! Tem que ser algo de diferente. Tem que ser trabalhoso e com o mesmo impacte. Como o facto de se fazer milhares de quilómetros por água só para ir buscar pimenta e caril.
2º Criativo – Mas, por El Rey, o que é que poderá ser tão grandioso e ao mesmo tempo tão inútil?
3º Criativo – Meus, mas da Índia não vêem só a pimenta e o caril. Os manos trazem de lá uma cena que dá uma granda pedra!!!
1º Criativo – É isso, por El Rey, tendes toda a razão! É a pedra… Vamos fazer caminhos todos em pedra!
3º Criativo – Mas Casimiro, os romanos já deixaram isso cá em Portugal!
1º e 2º Criativos – É pá! Calai-vos por El Rey!
“Nasce” assim a calçada portuguesa. Um trabalho extremo de colocar pedrinha por pedrinha ao longo de caminhos de passeio intermináveis. Os coitados dos calceteiros não fazem mais nada do que partir cascalho. Arranjamos uma forma eficaz de, com muito trabalho, não se chegar a lado nenhum. Enquanto que em praticamente todo o mundo, basta espalhar cimento, alisar e despachar a coisa, em Portugal temos que ir pelo mais complicado.
Quem ainda consegue andar nos passeios compreende o que digo. É buraco em cima de buraco, pedras soltas e propícias ao arremesso manual. Basta cair uma chuvinha e os nossos passeios ficam com mais crateras que a lua. E nem imaginam o que sofre um bebé no seu carrinho quando guiado por estes caminhos tortuosos. Bem pior que um Lisboa-Dakar.
Contudo, o monopólio da calçada não foi sempre nosso. Durante algum tempo existiu também a calçada Palestina, que infelizmente só durou 3 minutos. Foi o tempo que demoraram a “atira-la” aos Israelitas. Pelo menos esta sempre tinha algum uso!
2 comentários:
A parte melhor é a quantidade de países em que eu já vi calçada portuguesa...Praga por exemplo tinha imensa!
Muita bom Trepas. Muito bom mesmo.
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