quarta-feira, 28 de novembro de 2007

The Big Al’s Society (by Espiga)

Dia a pós dia questiono a minha existência. Não dessa forma que estão a pensar, até porque gosto muito de viver, sou um daqueles que já esteve no corredor da morte e acabou expulso (ainda bem), mas sim numa vertente profissional. Eu sou como muitos milhares de portugueses, trabalhador por conta de outrem, mas não vivo obcecado por esse facto não escondo a minha vontade de vir a ser um aristocrata que viva só dos juros bancários, mas sei que também tenho que contribuir um pouco para a sociedade. A minha questão prende-se apenas com o facto de eu trabalhar num jardim-escola. É verdade, alguns dos meus colegas de trabalho tem a mentalidade de crianças de 4 anos, se bem que alguns são adolescentes, a verdade é que muitas das vezes vejo-me no meio de guerras inter-departamentais sem ter grande conhecimento de causa. Ora eu até compreendo que existam divergências, mas do género que eu assisto é algo bastante infantil e muitas das vezes completamente despropositadas. Eu sei que todos querem fazer boa figura, especialmente no fim de cada ano, mas esquecem-se que os peões são os operários do crescimento, sem peões não há mão de obra para levantar paredes, se não há paredes não há obra para mostrar! E hoje em dia da forma como se encontra a conjuntura socioeconómica, é mais fácil encontrar um mercenário do que alguém que seja leal à nossa causa, eu completo 9 anos de dedicação à minha empresa e se existe algo de que me orgulho é do facto de nunca ter prejudicado a minha empresa de forma premeditada, sempre respeitei e defendi o orgulho de representar tão nobre instituição, mas a empresa foi crescendo, e novas mentalidades foram-se infiltrando no interior, destruindo a mística, o companheirismo e especialmente a confiança. É impossível combater isso, eu sei, mas eu já dei tanto a esta empresa que muitas das vezes pergunto: - Será que alguém repara?

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