terça-feira, 9 de janeiro de 2007

O Macaco e o Coito

Hoje venho falar de duas coisas que nós fizemos questão de cultivar na nossa mente, uma delas quase exclusivamente na nossa infância, outra na nossa infância e nos nos dias que correm com outro significado.

No primeiro ponto estou-me a referir ao célebre jogo MACAQUINHO DO CHINÊS.
Mas afinal qual é a lógica daquele jogo? Porque é que o joguei tantas tardes a fio? será que ainda hoje este jogo é jogado?
1,2,3 macaquinho do chinês dizia um petiz de olhos fechados virados para uma parede, enquanto o resto da criançada estava bem cá a trás e tinha como objectivo ir avançando até chegar ao sitio onde estava o rapaz a dizer a frase que referi.De cada vez que o rapaz da parede dizia a frase, olhava para trás e os outros tinham que ficar imóveis, se o rapaz visse alguém a mexer, esse alguém tinha que voltar para o local de partida, ganhava quem conseguisse ficar mais vezes estático sem ser apanhado a mexer de modo a chegar ao local de chegada e ficar ele no trono do macaquinho do chinês a dizer a frase parva.
Eu nem sei porque jogava a isto, nem o que este jogo acrescentou à minha experiência de vida, nem o que tiro dele para a minha vida actual, passada e até mesmo futura, só se daqui por uns anos tenha um emprego em que tenha que controlar homens-estátua na rua, os que se mexeram são despedidos, ou se trabalhar numa linha de produção em que tenha que entregar caixas de um lugar a outro sem que raios lazer me fritem o cérebro e para isso tenha que correr e ficar estático, correr e ficar estático...sei lá...
não consigo perceber o porquê do nome do jogo, será que os macacos da china, fazem isto, têm como hábito ficar estáticos? A frase...bem a frase...1,2,3 macaquinho do chinês...nem quero pensar mais nela... sei lá que mais, tudo no jogo é disparatado, sem nexo e ridiculo, mas o que é certo é que todos o jogámos, todos fizémos dele o nosso passatempo de recreios...chiça!!!

No segundo ponto venho falar da palavra COITO.
Ora aqui está um dos maiores mistérios da nossa infância e mesmo da nossa idade adulta. Todos nos lembramos de jogar à apanhada e existir um local seguro onde podíamos estar sem o sacana que estava à apanhada nos pudesse tocar...esse local era o coito, pois bem, nessa altura nem sabíamos o que significava a palavra, apenas sabíamos que gastávamos de lá estar e que era o único sitio onde nos sentiamos bem no jogo(até aqui tudo bem, o coito como o vejo agora é um pouco isto), então dizíamos coito com uma naturalidade brutal, era coito prá qui, coito prá li, estou no coito, sai do coito, estás sempre no coito(nunca ouvíamos era coito interrompido), bem era coito para dar e vender.
Crescemos e a certa altura aprendemos o que quer dizer coito, bem coito é... vocês sabem, vamos deixar as crianças de agora disfrutarem da palavra, mas lá está uma palavra que julgávamos tão santa e sem mal, vai descambar...assim...
Agora imaginem o que poderemos pensar quando formos pais:
"então filho, que fizeste hoje na escola"
"bem pai, foi bué fixe, aprendi o verbo cavar e depois no recreio estive o tempo todo no coito"
"áh foi?"
"foi...ehehehehe e ninguém me apanhou, estive lá o tempo todo mais a Gabriela!!!"

Eram tempos loucos!

Coito para todos

Nota de rodapé: Aproveito este post sobre macacos da china e coitos, para em meu nome, do Espiga e do Ogre deixar aqui a palavra PARABÈNS ao nosso companheiro Trepas que faz hoje uma quantas primaveras

PARABÉNS TREPAS!!!

1 comentário:

Joao Martins Cotrim disse...

hum essa teoria n me e estranha...LOL


http://utopicamonotonia.blogspot.com/2006/09/5-de-setembro.html