Tenho dificuldade em compreender alguns rituais do ser humano e o ritual que caracteriza a passagem de ano é para mim um mistério maior. Se analisarmos, de uma forma global, festejar a passagem de ano não tem nada de extraordinário. É uma festa que sepulta o ano anterior e celebra a chegada do novo. Mas quando analisado em pormenor, tudo muda de figura, senão vejamos:
Seja em casa, na rua, no hotel ou na discoteca, quando faltam 10 minutos para a meia noite é o stress total, a confusão e o caos. Começa a guerra pela garrafa do champanhe, retirar o arame que segura a rolha da garrafa (e havia tanto para falar sobre esse arame), contar as 12 passas, pensar nos desejos, arranjar uma cadeira para saltar, tudo enquanto se controla o relógio. Meu Deus! É o fim do mundo em cuecas.
Chega a meia noite, ou as várias meias noites (depende do canal que estejamos a ver) e é o descalabro, num espaço de segundos subimos à cadeira, tiramos uma nota da carteira, comemos as doze passas, pedimos os desejos enquanto temos o telemóvel na outra mão para ligar aos familiares, mesmo que a rede esteja congestionada, nunca desistimos, batemos os tachos, saltamos com o pé direito enquanto tentamos ver o fogo de artificio e brindamos com champanhe todos os que nos rodeiam... Enfim, só visto, tantos milhares de anos de evolução para isto.
Mas o que me deixou mais preocupado este ano foi perceber que em Portugal acabou a esperança. As pessoas já não sabem para onde se podem virar, é a desolação total. E porque é que eu digo isto?
A frase mais ouvida na televisão este ano foi: “Este ano desejo tudo de bom!”.
Meus amigos, tudo de bom! Já nem sabemos o que queremos que melhore, tem mesmo que ser tudo. Sei lá, podiam dizer, “Este ano desejo melhoras na educação” ou “ Este ano desejo que o bacalhau da consoada não esteja tão salgado”, mas não, tem de ser TUDO, “tudo de bom”.
O meu desejo para este ano, é que no final do mesmo as pessoas já só digam “ este ano desejo metade de bom” ou pelo menos “um terço de bom”.
Seja em casa, na rua, no hotel ou na discoteca, quando faltam 10 minutos para a meia noite é o stress total, a confusão e o caos. Começa a guerra pela garrafa do champanhe, retirar o arame que segura a rolha da garrafa (e havia tanto para falar sobre esse arame), contar as 12 passas, pensar nos desejos, arranjar uma cadeira para saltar, tudo enquanto se controla o relógio. Meu Deus! É o fim do mundo em cuecas.
Chega a meia noite, ou as várias meias noites (depende do canal que estejamos a ver) e é o descalabro, num espaço de segundos subimos à cadeira, tiramos uma nota da carteira, comemos as doze passas, pedimos os desejos enquanto temos o telemóvel na outra mão para ligar aos familiares, mesmo que a rede esteja congestionada, nunca desistimos, batemos os tachos, saltamos com o pé direito enquanto tentamos ver o fogo de artificio e brindamos com champanhe todos os que nos rodeiam... Enfim, só visto, tantos milhares de anos de evolução para isto.
Mas o que me deixou mais preocupado este ano foi perceber que em Portugal acabou a esperança. As pessoas já não sabem para onde se podem virar, é a desolação total. E porque é que eu digo isto?
A frase mais ouvida na televisão este ano foi: “Este ano desejo tudo de bom!”.
Meus amigos, tudo de bom! Já nem sabemos o que queremos que melhore, tem mesmo que ser tudo. Sei lá, podiam dizer, “Este ano desejo melhoras na educação” ou “ Este ano desejo que o bacalhau da consoada não esteja tão salgado”, mas não, tem de ser TUDO, “tudo de bom”.
O meu desejo para este ano, é que no final do mesmo as pessoas já só digam “ este ano desejo metade de bom” ou pelo menos “um terço de bom”.
Bom ano e tudo de bom.
1 comentário:
Pois entao a si, desejo-lhe um ano cheio de saude, e se vierem uns euritos a acompanhar creio que tambem nao e demais!!!
Um abraco fornense.
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